Justiça manda prender agente penal que matou guarda municipal em festa de aniversário
O promotor de Justiça do caso informou que, assim que o agente estiver em melhores condições de saúde, ele será ouvido
Por Plox
11/07/2022 21h22 - Atualizado há mais de 2 anos
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná divulgou na manhã desta segunda-feira (11) que a Justiça determinou a prisão preventiva do agente penitenciário federal, Jorge José da Rocha Guaranho. Imagens em vídeo mostram que ele fez os disparos que mataram o guarda municipal e membro da diretiva (tesoureiro) do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda. O crime ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná, na madrugada de domingo (10).
A prisão preventiva pedida pelo promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça tem validade até 11 de agosto de 2022. O agente penitenciário está internado, pois foi ferido pelo guarda municipal, que também estava armado e disparou algumas vezes contra Jorge José. O promotor de Justiça do caso informou que, assim que o agente estiver em melhores condições de saúde, ele será ouvido.
Veja o vídeo:
A ocorrência foi durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda, e tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marcelo Arruda foi velado nesta segunda-feira (11/07) em Foz do Iguaçu (PR).
A Prefeitura de Foz do Iguaçu lamentou a morte. Conforme a Administração Municipal, Marcelo estava na Guarda Municipal há 28 anos e se formou na primeira turma da guarda do município. Ele também era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).
O presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou sobre o crime nesta segunda-feira (11/07) no Palácio do Planalto. Para ele, existe uma tentativa de associar seu nome aos fatos negativos: “Vocês viram o que aconteceu ontem, né? Uma briga entre duas pessoas lá em Foz do Iguaçu. ‘Bolsonarista’, não sei o que lá. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao PSol, né?”, disse o presidente da república.
O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), ao ser questionado, disse que não faria "exploração" sobre o caso e não quis relacionar o ocorrido a um crime de cunho político. “Olha, é um evento lamentável que ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, de gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. Todos da área policial, ali. Um era guarda municipal e outro era agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso aí”, afirmou o vice-presidente da República.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se pronunciou nas redes sociais e disse que cabe especialmente aos líderes políticos que devem lutar para combater este ódio que vai contra os princípios básicos da vida em sociedade democrática.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, através de uma nota à imprensa disse que “A Câmara dos Deputados repudia qualquer ato de violência, ainda mais decorrente de manifestações políticas. A democracia pressupõe o amplo debate de ideias e a garantia da defesa de posições partidárias, com tolerância e respeito à liberdade de expressão. A campanha eleitoral está apenas começando. Conclamo a todos pela paz para fazer nossas escolhas políticas e votar nos projetos que acreditamos. Esta é a premissa de uma democracia plena e sólida, como a nossa”, afirmou a nota.