SP registra aumento de casos de coqueluche, alcançando 165 notificações em 2024

O número de casos de coqueluche na cidade de São Paulo chegou a 165 em 2024, revela a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em 2023, foram apenas 14 registros.

Por Plox

12/07/2024 08h20 - Atualizado há 5 meses

A coqueluche é uma doença infecciosa altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e bebês menores de um ano de idade. O aumento significativo de casos na capital paulista ao longo do ano é preocupante, considerando que até maio eram 32 casos, subindo para 105 em junho e chegando aos 165 em julho.

 

Foto: Reprodução TV TEM

Crescimento e medidas de monitoramento

A SMS informou que monitora o cenário internacional da coqueluche e que em abril e julho deste ano foram emitidos alertas e realizadas capacitações para vigilância e assistência, a fim de garantir notificação imediata, atendimento e tratamento adequados.

"Em abril e julho deste ano, diante do aumento do número de casos no Brasil e em São Paulo, foram publicados alertas e realizadas capacitações para vigilância e assistência, visando a notificação imediata, garantindo assim o atendimento e tratamento adequado", declarou a SMS.

sintomas e prevenção

Os sintomas da coqueluche incluem tosse seca, falta de ar, febre e cansaço. A principal forma de prevenção é a vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS. Além disso, a etiqueta respiratória, higiene das mãos e uso de máscaras por doentes são importantes para evitar a propagação. O tratamento com antibióticos está disponível nos serviços de saúde da cidade.

Impacto da pandemia e queda vacinal

De acordo com dados da SMS, de 2020 a 2023, os registros anuais não ultrapassaram 12 casos. O crescimento atual pode ser atribuído à pandemia de Covid-19, que restringiu o acesso ao sistema de saúde e resultou em subnotificações. Especialistas apontam que a maioria dos casos recentes está relacionada à ausência de vacinação ou esquema vacinal incompleto.

"O aumento do número de casos que estamos presenciando e evidenciando está relacionado, sim, sobretudo, a uma queda da cobertura vacinal," afirmou a infectologista Juliana Oliveira da Silva, do Centro de Vacinação do HCor.

A SMS reforça a importância da imunização, que é a principal medida de prevenção. A capital paulista oferece pelo menos dois tipos de vacinas na rede pública: a vacina de células inteiras, destinada a crianças menores de 7 anos, e a vacina acelular (dTpa), destinada a gestantes e profissionais de saúde que atendem recém-nascidos.

Situação atual e perspectivas

Com o aumento dos casos, a prefeitura de São Paulo continua a enfatizar a necessidade de manter a vacinação em dia para prevenir novos surtos e proteger a população mais vulnerável, principalmente crianças e bebês menores de um ano. A vigilância constante e a resposta rápida das autoridades sanitárias são essenciais para controlar a disseminação da coqueluche na cidade.

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