Congresso reage e pede ao STF que mantenha anulação do aumento do IOF

Parlamentares afirmam que decreto do governo federal teve finalidade arrecadatória e não respeitou o objetivo do tributo

Por Plox

12/07/2025 11h16 - Atualizado há cerca de 23 horas

O Congresso Nacional decidiu agir contra o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) promovido pelo governo federal e levou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que a decisão de anular o reajuste seja mantida. A justificativa apresentada pelos parlamentares aponta um desvio de finalidade no decreto presidencial que majorou o tributo.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


Segundo o documento protocolado junto ao STF, a medida teria como real objetivo ampliar a arrecadação federal, utilizando como argumento oficial a necessidade de garantir estabilidade nos mercados financeiros. Para os advogados do Legislativo, essa motivação não se sustenta e fere o princípio constitucional que rege a função do IOF.



A movimentação do Congresso acontece poucos dias antes de uma audiência de conciliação marcada para a próxima terça-feira, 15 de julho. O encontro será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, na sede do Supremo, em Brasília, e reunirá o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além do advogado-geral da União, Jorge Messias.



Na manifestação enviada à Corte, os representantes do Legislativo argumentam que o decreto legislativo que derrubou o aumento do IOF está plenamente amparado nas prerrogativas constitucionais do Congresso. Eles reforçam que o Executivo utilizou um instrumento tributário com a verdadeira intenção de elevar a receita pública, mas sem dialogar com os princípios que norteiam a criação ou majoração de tributos no país.



“O Congresso apenas exerceu seu papel constitucional ao sustar um decreto que desrespeita a finalidade do IOF”, sustentam os autores da ação apresentada ao Supremo

A audiência da próxima semana será decisiva para definir os rumos dessa disputa entre os Poderes, envolvendo a legalidade do decreto presidencial e a competência do Congresso em reverter medidas com potencial de impacto direto no bolso dos brasileiros.


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