Monitoramento aponta doença em quase metade das tartarugas na Marina da Glória
Projeto Aruanã detecta alta incidência de fibropapilomatose em animais na Baía de Guanabara
Por Plox
12/08/2025 15h37 - Atualizado há 2 dias
Um levantamento realizado pelo Projeto Aruanã, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, mostrou que quase metade das 142 tartarugas marinhas examinadas desde o ano passado apresentavam sinais de fibropapilomatose, doença que pode estar associada à poluição.

Desde junho de 2024, biólogos e veterinários vêm realizando check-ups mensais nos animais, retirando-os cuidadosamente da água para pesagem, medição, coleta de sangue e avaliação geral de saúde. Segundo Thaís Amaral, coordenadora de educação ambiental do projeto, a enfermidade é causada por um vírus semelhante ao da herpes humana, podendo ser desencadeada por estresse ou pela má qualidade da água.
Após a avaliação, os répteis doentes são encaminhados para reabilitação. Já os saudáveis recebem anilhas de identificação com o telefone do projeto e retornam para a Baía de Guanabara. A pesquisa também revelou que a maioria das tartarugas-verdes que frequentam a baía nasceu em locais como Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Caribe, permanecendo no Rio durante a fase jovem, até atingirem a idade adulta e retornarem ao local de origem para reprodução.
O monitoramento, iniciado há 13 anos na praia de Itaipu, em Niterói, conta com o apoio de pescadores e busca, além da preservação, conscientizar a população sobre a importância de mudar hábitos para proteger o meio ambiente.