OMS adverte para risco global de epidemia de Chikungunya, com Brasil no topo de casos e mortes

Em um alerta que reacendeu preocupações globais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu sobre o risco iminente de uma nova epidemia mundial de Chikungunya, doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O Brasil, segundo dados recentes, ocupa a liderança tanto no número de infecções quanto no de mortes provocadas pelo vírus.

A médica da OMS, Diana Rojas Alvarez, afirmou durante uma coletiva de imprensa realizada em julho, em Genebra, na Suíça, que a situação atual traz lembranças do surto registrado entre 2004 e 2005, quando aproximadamente meio milhão de pessoas foram infectadas ao redor do planeta.

"Estamos vendo a história se repetir\

, declarou ela, reforçando a urgência de medidas preventivas.

Na última semana, a China também soou o alarme. Apenas na província de Guangdong, mais de 7 mil casos foram registrados em julho. Enquanto isso, o Brasil mantém números preocupantes: em Minas Gerais, por exemplo, já são mais de 12 mil registros e quatro mortes contabilizadas apenas em 2025.

Apesar de a taxa de mortalidade girar em torno de 1%, a OMS ressalta que, diante do grande volume de infecções, o impacto em vidas perdidas se torna expressivo.

"É essencial agir agora para evitar que o cenário se repita em escala ainda maior\

, reforçou Diana Rojas.

A Chikungunya provoca sintomas como febre alta e dores articulares intensas, que podem persistir por meses ou até anos. Nos casos mais graves, a infecção pode levar à morte, tornando imprescindível a atenção das autoridades de saúde e da população para as medidas de prevenção.