Polícia prende 15 suspeitos de arrastões em condomínios de luxo em SP

Operação Shalom cumpriu 17 mandados de prisão e 51 de busca; grupo usava placas clonadas, carros blindados e informações internas

Por Plox

12/08/2025 15h34 - Atualizado há 3 dias

Uma operação da Polícia Civil de São Paulo, realizada na manhã desta terça-feira (12), resultou na prisão de 15 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em invadir condomínios de alto padrão na capital, especialmente no Centro e na Zona Sul.


Imagem Foto: Divulgação/ SSP


Batizada de Operação Shalom, a ação cumpriu 17 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão, não apenas na capital, mas também em Diadema, Cotia, Guarulhos, Osasco e Jundiaí. Além dos suspeitos ligados aos arrastões, outras duas pessoas foram presas por serem foragidas da Justiça, sem ligação direta com os crimes investigados.


Segundo a polícia, o grupo tinha estrutura organizada e ligação com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O suposto líder, Cleudson Leandro da Silva, já havia sido detido em maio. Entre as táticas usadas pela quadrilha estavam o uso de máscaras, luvas, silicone nas pontas dos dedos para não deixar impressões digitais, além de carros blindados com placas clonadas.



As investigações começaram em 13 de maio, quando um condomínio no bairro de Santa Cecília foi invadido. Dez criminosos entraram no prédio usando veículos semelhantes aos de moradores. Eles renderam porteiros e moradores, permitindo a entrada de mais integrantes para realizar arrastões em seis apartamentos, levando joias, dinheiro e eletrônicos.


Na véspera, três homens cortaram os cabos de internet do local para desativar o sistema de monitoramento e controle de portaria. A polícia aponta que alguns funcionários colaboravam com o grupo, repassando informações internas, enquanto outros criminosos faziam vigilância nas proximidades.



Após as ações, os suspeitos fugiam para diferentes cidades da Região Metropolitana. A quadrilha é investigada por ao menos três outros crimes semelhantes desde maio, incluindo um arrastão em que foram levados cerca de R$ 3 milhões em joias e outros bens de valor.


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