Samu Regional começa atendimentos nos próximos dias

A Previsão é de que em 30 de setembro ou 1 de outubro as ambulâncias já atendam chamados

Por Plox

12/09/2020 11h52 - Atualizado há mais de 3 anos

O Samu Regional começará a operar nos próximos dias no Vale do Aço. A previsão do Consórcio Intermunicipal da Rede Urgência e Emergência do Leste de Minas Gerais (Consurge) é que em 30 de setembro ou 1 de outubro as ambulâncias já atendam chamados.
 

A informação é da deputada estadual Rosângela Reis (Podemos), junto ao diretor executivo do Consurge, Narcélio Alves, e do superintendente Regional de Saúde, Ernane Duque Júnior, que acompanharam nesse sábado (12) o treinamento de profissionais que atuarão no serviço.

Segundo Ernane, os últimos detalhes burocráticos e de documentação das ambulâncias estão sendo resolvidos e a pendência é com a agenda do governador Romeu Zema, que é esperado para uma solenidade oficial de início do atendimento.

 

SAMU-DIVULGAÇÃOFoto: divulgação/SAMU
 

 

Narcélio Alves afirmou que após o início do atendimento, o Ministério da Saúde levará até três meses para homologar o Samu Regional e começar a aportar recursos para a manutenção do serviço. O investimento inicial do Samu Regional é de R$ 700 mil por parte do Estado, mais contrapartida dos municípios.

Nesta primeira etapa, o Samu Regional atenderá nove municípios no Leste de Minas, sendo quatro bases no Vale do Aço, em Coronel Fabriciano, Belo Oriente, Caratinga e Timóteo. Serão 47 profissionais, que socorrerão pessoas em quatro ambulâncias, do tipo Unidade de Salvamento Básica (USB), em um raio de atuação de até 60 km de cada base.

A deputada Rosângela Reis informou que é responsável pelo encaminhamento de R$ 3,3 milhões em emenda parlamentar própria para a implantação do Samu, além de ter mobilizado o deputado federal Hercílio Coelho Diniz para aportar outros R$ 1,4 milhão. O deputado estadual Celinho do Sinttrocel também aportou recursos na mesma ordem para a iniciativa.

“É uma grande alegria ver esse sonho ser realizado. Pois é um trabalho que resultará em vidas salvas. Foi uma grande luta. Fizemos uma grande mobilização anos atrás para convencer prefeitos a aderirem ao consórcio. O Estado chegou a anunciar o início do Samu e depois foi cancelado. Depois toda a luta conjunta para buscar alternativas e a decisão de destinar emendas, até chegarmos nessa etapa final”, lembrou Rosângela.

 

Samu-rosangela-2Foto: divulgação

 

Capacitação de concursados

O treinamento dos profissionais foi realizado durante todo esse sábado, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militares. A técnica em enfermagem Leandra Karcy, de 23 anos, estava na capacitação e foi a primeira colocada no concurso do extinto Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales (Cisvales) para Coronel Fabriciano, realizado em 2016. Ela conta que viveu a expectativa de ser chamada.

“Tinha até desistido, achando que não ia ter mais a implantação. Então, anos depois, uma amiga me enviou uma mensagem me parabenizando e eu fiquei sem entender. Só daí fiquei sabendo da convocação. É a realização de um sonho e estou muito feliz e com mais experiência profissional para fazer um bom atendimento”, afirmou Leandra.

Próximas etapas

Na segunda etapa, prevista para o primeiro trimestre de 2021, mais 30 municípios da região do Vale do Aço sejam contemplados. Nessa próxima fase, os locais contemplados são: Santana do Paraíso, Antônio Dias, Jaguaraçu, Marliéria, Dionísio, Córrego Novo, Pingo D’Água, Iapu, Inhapim, Açucena, Bom Jesus do Galho, Braúnas, Bugre, Dom Cavati, Entre Folhas, Imbé de Minas, Ipaba, Joanésia, Mesquita, Naque, Periquito, Piedade de Caratinga, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, São Domingos das Dores, São João do Oriente, São Sebastião do Anta, Ubaporanga, Vargem Alegre e Vermelho Novo.

Após implementada as três etapas, serão mais de 500 profissionais atendendo em oito ambulâncias USA e 33 USB em 86 municípios em todo o Leste de Minas. A estimativa é atender mais de 1,5 milhão de pessoas em toda o leste mineiro.

Luta pelo Samu Regional

A deputada Rosângela Reis afirma que desde 2013 luta pela implantação do Samu Regional no Vale do Aço. Após incontáveis reuniões e cobranças, em 2017 a iniciativa chegou a ser anunciada, inclusive com a compra de ambulâncias e realização de concurso público, mas não foi implantado pelo Estado.

Então, ainda em 2017, com a informação que o Estado só possuía dinheiro para iniciar um Samu Regional, ou o do Vale do Rio Doce ou do Vale do Aço, Rosângela Reis conta que iniciou a luta pela integração do Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales (Cisvales) e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência do Leste de Minas (Consurge), sendo o primeiro do Vale do Aço e o segundo de Governador Valadares e entorno.

Após várias reuniões e embates, chegou-se a decisão de unificar as regiões. Depois de adequações, a data de 31 de março desse ano chegou a ser definida para o início do Samu Regional. Mas a pandemia do novo coronavírus adiou novamente os planos. Agora, o serviço chega para ficar e beneficiar toda a população com um socorro digno e de qualidade em momentos de urgência.
 

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