Bloqueio do X prejudica trabalho jornalístico no Brasil, afirma ANJ
A ANJ solicita que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reveja a suspensão da rede.
Por Plox
12/09/2024 08h28 - Atualizado há 3 meses
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) alertou que a suspensão do X, antigo Twitter, no Brasil impacta diretamente o trabalho do jornalismo profissional. A entidade manifestou preocupação em uma nota divulgada na quarta-feira, 11, destacando que a decisão, que também prevê multa de R$ 50 mil para quem acessar a plataforma via VPN, afeta a capacidade da imprensa de cumprir seu papel essencial. A ANJ solicita que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reveja a suspensão da rede.
Jornalistas encontram dificuldades no acesso a informações
Diversos veículos e jornalistas têm relatado desafios para cumprir suas funções desde o bloqueio da rede social, imposto no dia 30 de agosto. Sem o acesso ao X, “deixaram de ter acesso a visões, relatos e pensamentos diferentes”, afirmou a ANJ. Isso compromete a função do jornalismo de monitorar e verificar as informações disseminadas nas redes sociais, uma prática fundamental para a precisão e veracidade das notícias.
O papel da imprensa no monitoramento das redes sociais
A ANJ destacou que um dos principais papéis da imprensa é acompanhar as discussões e declarações feitas nas redes sociais, confrontando-as com dados e fatos reais. A entidade ressaltou que esse trabalho é crucial para manter a população informada e garantir a transparência no discurso público. "Uma das missões da imprensa é exatamente acompanhar o que se passa nas redes e fazer a devida verificação de versões e declarações, confrontando-as com fatos e dados reais.", reforçou a associação.
Decisão do STF e bloqueio do X no Brasil
A rede social X, antes conhecida como Twitter, foi bloqueada no Brasil após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, recusar-se a nomear um representante oficial no País. A decisão de suspensão, emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, é válida até que a empresa designe um porta-voz e pague multas que ultrapassam R$ 18 milhões por não cumprimento de bloqueios anteriores. Em 30 de agosto, Moraes ordenou o bloqueio da plataforma, e no início de setembro, a Primeira Turma do STF manteve a decisão por unanimidade.