Dia Nacional da Cachaça: conheça a história e curiosidades da bebida

O destilado brasileiro que já foi sinônimo de bebida popular em bares modestos, a cachaça, agora é reconhecida internacionalmente como patrimônio cultural do Brasil e uma bebida de luxo, competindo lado a lado com renomados rótulos globais.

História e origem do Dia Nacional da Cachaça

O Dia Nacional da Cachaça, celebrado em 13 de setembro, foi estabelecido em 2009 pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) para homenagear a bebida. A data remonta à Revolta da Cachaça, em 1661, quando produtores locais desafiaram a proibição imposta pelo rei de Portugal, que visava promover a bagaceira, uma bebida feita com bagaço de uva. Mesmo com ameaças severas, incluindo destruição de alambiques e deportação, os produtores continuaram a fabricar cachaça até que a proibição foi oficialmente revogada em 13 de setembro de 1661.

Cachaça ganha status de luxo no mercado internacional

Nos últimos 20 anos, a cachaça ascendeu a um novo patamar no mercado de bebidas, com rótulos que ultrapassam preços historicamente reservados a whiskies envelhecidos. Segundo Evandro Weber, diretor da Weber Haus, o destilado agora ocupa um lugar de destaque como produto premium. A marca, que se destaca por suas cachaças exclusivas, criou a Weber Haus Diamant 21 years old, disponível em versões de até R$ 13 mil, incluindo uma edição com um diamante incrustado. A garrafa número 0001 foi leiloada por impressionantes R$ 66.948,00.

Exportação em alta: números do mercado internacional da cachaça

De janeiro a agosto de 2022, a exportação de cachaça cresceu significativamente em comparação ao ano anterior, alcançando um aumento de 62,49% em valor, totalizando US$ 13,10 milhões, e 26,84% em volume, chegando a 5,9 milhões de litros. Em 2021, no mesmo período, o setor exportou US$ 8.066.791,00 e 4.710.930 litros. A cachaça brasileira é exportada para 66 países, com destaque para Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Itália.

Receitas com cachaça: drinques para explorar o sabor do Brasil

A cachaça tem ganhado espaço em coquetéis sofisticados. Um exemplo é o drinque que combina cachaça com café, usando ingredientes como 40ml de cachaça, 20ml de cachaça com canela, 30ml de vermute tinto, e 7,5ml de café cold brew. Outro clássico é o Macunaíma, que mistura 50ml de cachaça branca, 20ml de limão Tahiti, 20ml de xarope simples e 7,5ml de Fernet Branca. Essas receitas destacam a versatilidade da cachaça, que pode ser apreciada pura ou em combinações sofisticadas.

Impacto cultural e econômico da cachaça

O reconhecimento da cachaça como um símbolo do Brasil não é apenas cultural, mas também econômico. A bebida tornou-se um produto valioso no mercado global de destilados, com garrafas que não apenas servem ao paladar, mas também se tornaram itens de colecionador. A ascensão da cachaça ao status de luxo reflete um esforço contínuo de valorização do produto nacional, tanto dentro quanto fora do Brasil.