Justiça eleitoral cassa chapa em cidade mineira e deixa um único candidato na disputa
Decisão em Ewbank da Câmara aponta abuso de poder político e fraude eleitoral, resultando em inelegibilidade dos candidatos do PSD.
Por Plox
12/09/2024 10h46 - Atualizado há 3 meses
A Justiça Eleitoral de Santos Dumont determinou a cassação da chapa de Carlos Mariano Ferreira e Érica Luzia Mendes, candidatos a prefeito e vice-prefeita de Ewbank da Câmara, localizada na Zona da Mata mineira. Ambos, pertencentes ao PSD, foram acusados de abuso de poder político e irregularidades no uso da máquina pública.
Esquema de transferências eleitorais fraudulentas
A acusação principal contra a chapa envolvia um esquema de transferências irregulares de eleitores para a cidade, com o objetivo de manipular o resultado das eleições. Segundo o Cartório Eleitoral, 127 declarações suspeitas foram investigadas, das quais 98 foram classificadas como fraudulentas. Essas transferências ocorreram com base em justificativas falsas para os eleitores mudarem seus domicílios eleitorais.
Sentença de inelegibilidade por oito anos
Além da cassação da candidatura, o juiz eleitoral Saulo de Freitas Carvalho Filho decretou que tanto Carlos Mariano quanto Érica Luzia fiquem inelegíveis por um período de oito anos. O PSD, partido ao qual ambos são filiados, já anunciou que pretende recorrer da decisão. Em nota oficial, o partido declarou estar "convicto e confiante" na reversão da sentença.
Cenário eleitoral na cidade após a decisão
Com a cassação da chapa do PSD, a cidade de Ewbank da Câmara se encontra com apenas uma chapa registrada para as próximas eleições. A candidatura única é formada por Mauro, candidato a prefeito, e Laércio, como vice, ambos do PRD (Partido Renovação Democrática). Caso a maioria dos votos no próximo pleito seja nula, uma nova eleição deverá ser convocada para o município.