Maníaco do Parque planeja matar novamente após saída da prisão, revela biografia

Serial killer brasileiro condenado por assassinatos brutais deve deixar prisão em quatro anos; biografia não autorizada expõe detalhes sombrios da sua vida e confissões.

Por Plox

12/09/2024 16h32 - Atualizado há 17 dias

Quase três décadas após aterrorizar o país com assassinatos brutais, Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, se prepara para deixar a prisão em aproximadamente quatro anos. Condenado pela morte de sete jovens e confesso de mais dois homicídios, além de uma série de estupros, Pereira afirmou em entrevista ao delegado Sérgio Luís da Silva Alves que mataria novamente se estivesse livre, guiado por uma "força maligna" que afirma sentir dentro de si.

Biografia sobre Maníaco do Parque Foto: Divulgação

Lançamento da biografia e revelações chocantes

A biografia não autorizada "Francisco de Assis, O Maníaco do Parque", escrita por Ullisses Campbell, traz detalhes inéditos sobre a vida do serial killer e rapidamente se tornou um sucesso de vendas no Brasil, figurando no Top 10 da categoria “Não Ficção” na lista de best-sellers da revista Veja, além de liderar o ranking de Crimes Reais Biografias e Memórias na Amazon. O livro inaugura a Trilogia Homens Assassinos e se aprofunda em memórias, confissões e experiências de Pereira, que desde a infância era assombrado por sonhos macabros.

Campbell dedicou dois anos à investigação, entrevistando 40 mulheres sobreviventes aos ataques, familiares de Francisco, incluindo sua mãe, Maria Helena, e analisando 20 mil páginas de processos penais e laudos psiquiátricos. A obra também revela a forma como o assassino atraía suas vítimas, se passando por olheiro de uma grande marca de cosméticos, um comportamento que destacou seu perfil de sedutor e mitomaníaco.

Infância conturbada e análise psiquiátrica

A biografia mergulha na infância marcada por abusos e na conturbada jornada mental de Pereira. Uma análise do Teste de Rorschach, realizada em 1998, evidenciou traços de inveja, ódio, agressividade, impulsividade e uma dissonância de gênero. Segundo os laudos, "sua identificação com figuras femininas e a expressão de uma intenção de ser como elas revelam um conflito interno significativo". Esta análise aponta para um desejo profundo e oculto de Francisco em se identificar com o gênero feminino, o que se refletia em sua brutalidade.

"Força maligna" e características demoníacas

Convencido de que uma força maligna habitava seu corpo, Francisco de Assis relatava que se transformava no próprio diabo durante os ataques: seus olhos ficavam fora de órbita, pupilas dilatadas e micro-hemorragias oculares reforçavam um olhar que aterrorizava suas vítimas antes de serem estranguladas, estupradas, mordidas e deixadas em um parque na Zona Sul de São Paulo.

Futuro incerto e relacionamentos na prisão

Prestes a deixar a prisão, Francisco teoricamente não tem para onde ir, pois sua família não pretende acolhê-lo, e o Brasil não possui mais manicômios judiciais. No entanto, isso não impede que ele ainda receba atenção feminina. Ao longo dos anos, o serial killer recebeu mais de mil cartas de admiradoras e chegou a manter relacionamentos com pelo menos três mulheres enquanto estava encarcerado.

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