Mulher presa por injúria racial em hospital de Patos de Minas após ofensas a técnica de enfermagem

Paciente de 39 anos, ao ser informada que seria levada à delegacia, confessou o crime de injúria racial, ocorrido na Santa Casa de Misericórdia, Triângulo Mineiro. A mulher ameaçou repetir as ofensas.

Por Plox

12/09/2024 10h32 - Atualizado há 22 dias

Paciente de 39 anos, ao ser informada que seria levada à delegacia, confessou o crime de injúria racial, ocorrido na Santa Casa de Misericórdia, Triângulo Mineiro. A mulher ameaçou repetir as ofensas.

Imagem ilustrativa: Pixabay

Paciente confessa injúria racial ao ser encaminhada à delegacia

Um grave caso de injúria racial foi registrado em Patos de Minas, na região do Triângulo Mineiro, na noite de terça-feira (10/9). Uma mulher de 39 anos foi presa após ofender uma técnica de enfermagem de 37 anos na Santa Casa de Misericórdia do município. A funcionária relatou à Polícia Militar que a paciente a chamou de "macaca" durante uma discussão no hospital. Inicialmente, a agressora negou a acusação, mas confessou o crime ao ser informada de que seria levada para a delegacia.

Agressão verbal durante atendimento hospitalar

De acordo com o boletim de ocorrência, o incidente teve início quando a paciente, que aguardava atendimento em uma sala de observação, questionou de forma rude a técnica de enfermagem sobre a demora no atendimento. Diante da solicitação da funcionária para que aguardasse, a mulher respondeu: "Você deveria me tratar melhor, pois sou eu que pago seu salário". Em seguida, ao ser advertida sobre a necessidade de manter a educação, a paciente proferiu as palavras: "Faço o que quiser, macaca!". A situação escalou até a mulher ameaçar fisicamente a profissional: "Eu vou pegar você".

Paciente contida por enfermeiro e ameaça repetida

Após a ameaça de agressão, a paciente tentou avançar na técnica, mas foi contida por outro enfermeiro que presenciou o ocorrido e confirmou as injúrias raciais. Durante a intervenção, a mulher ainda teria desdenhado: "Ela por acaso é branquinha?", segundo o relato do enfermeiro à polícia. Mesmo diante de testemunhas, a paciente inicialmente negou as acusações e acusou a técnica de tê-la maltratado, além de afirmar que a profissional teria tentado agredi-la.

Confissão e ameaças adicionais na presença da PM

Ao ser informada pela Polícia Militar que seria conduzida à delegacia, a mulher mudou sua postura e confessou as ofensas, chegando a ameaçar repetir o ato: "Já que vou ser presa, quando passar lá, vou chamar ela de 'macaca' novamente". A situação se agravou quando, durante uma ligação telefônica com sua mãe, a paciente afirmou em voz alta: "Vou chamá-la de ‘macaca’ mesmo. Melhor eu ser presa, senão venho aqui e mato ela". Os policiais intervieram, pedindo que ela encerrasse a ligação. A mulher recusou-se a entregar o celular e gritou que havia sido agredida por um dos policiais. O aparelho foi então recolhido pelos militares, que o entregaram ao marido da acusada.

Condições de saúde e quadro psicológico da acusada

O marido da mulher informou à polícia que ela sofre de transtorno bipolar e depressão, além de fazer uso de medicamentos controlados. Ele ainda relatou que a esposa havia sofrido um surto psicótico em casa, o que teria ocasionado ferimentos e motivado a ida ao hospital naquela noite. Segundo o relato do marido, a discussão com a técnica de enfermagem teria sido desencadeada por uma resposta rude da profissional à sua esposa.

Possíveis novas acusações além de injúria racial

Na delegacia, a mulher questionou repetidamente a conduta dos policiais, alegando que estavam "fazendo hora com a sua cara" e que a atitude dos militares tinha o único propósito de "mostrar serviço". Além da injúria racial, a mulher pode enfrentar acusações de ameaça e desacato.

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