Arma supostamente usada para matar Charlie Kirk é localizada; investigação continua

Na tarde desta quinta-feira, o FBI anunciou a localização de um rifle de ferrolho de alto calibre que pode ter sido usado para matar o ativista conservador Charlie Kirk, alvo de um ataque ocorrido na quarta-feira num campus universitário em Orem, Utah.

Foto:FBI

Segundo as autoridades, o homem que disparou contra Kirk parecia ter idade universitária e se misturava ao ambiente acadêmico. Após o atentado, ele fugiu em direção a um subúrbio próximo ao campus e permanece foragido.

Os investigadores afirmaram contar com gravações de vídeo nítidas do suspeito, mas ainda não conseguiram identificá-lo. Além disso, ressaltaram que analisam uma impressão no solo — uma marca de calçado — e uma impressão no antebraço deixadas no local.

De acordo com o relato da polícia, o atirador chegou ao campus às 11h52 (14h52 no horário de Brasília) e, aproximadamente 30 minutos depois, por volta das 12h20, efetuou os disparos que mataram Kirk. Ele percorreu o prédio, subiu ao telhado, atravessou até o ponto de onde atirou e depois escapou saltando do edifício em direção ao bairro vizinho.

A arma foi encontrada em uma região de mata próxima, ainda não especificada pelas autoridades.

Paralelamente, o presidente Donald Trump anunciou que concederá a Charlie Kirk, postumamente, a Medalha Presidencial da Liberdade, honraria civil mais elevada dos Estados Unidos. Em evento em memória aos ataques de 11 de Setembro, ele comentou que não consegue acreditar no ocorrido e elogiou Kirk, dizendo: “Que grande cara ele era.”

Fontes policiais descreveram o estado da família de Kirk como devastado, afirmando: “Só posso imaginar o que eles estão passando”.

Charlie Kirk cresceu em Prospect Heights, subúrbio próspero de Chicago, filho de um arquiteto. Após estudar em uma faculdade comunitária, abandonou o curso para se dedicar ao ativismo político. Aos 18 anos, fundou o Turning Point, organização que promove ideais conservadores em campi de tendência liberal.

Durante sua carreira, Kirk liderou debates sobre identidade de gênero, mudanças climáticas, fé e valores familiares — temas constantes em seu podcast diário e redes sociais, que contavam com milhões de seguidores.

O evento na Universidade de Utah Valley, onde ocorreu o atentado, marcou o início de uma turnê do Turning Point em diversas instituições de ensino, articulada para promover o diálogo entre estudantes e líderes conservadores.

Kirk também teve papel relevante nas eleições americanas recentes, mobilizando eleitores e ajudando a impulsionar o apoio a Trump em estados decisivos como o Arizona. Sua relação com o presidente se estreitou após a vitória republicana: participou da posse, visitou frequentemente a Casa Branca e era presença constante em eventos republicanos, sobretudo ligados ao movimento ultraconservador Téa Party.

Os investigadores continuam trabalhando para identificar o atirador, coletando provas físicas e rastros deixados no local, enquanto o FBI intensifica a busca pelo suspeito foragido.

(Com informações da BBC e agências parceiras.)