Nikolas e Whindersson se enfrentam após morte de aliado de Trump
Discussão nas redes entre o deputado e o humorista ganhou força após assassinato do influenciador Charlie Kirk, nos Estados Unidos
Por Plox
12/09/2025 18h20 - Atualizado há 3 dias
A morte de Charlie Kirk, influenciador político norte-americano e aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, desencadeou um embate virtual entre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o humorista Whindersson Nunes.

O episódio teve início quando Nikolas publicou uma série de mensagens no X (antigo Twitter), lamentando o assassinato de Kirk, que ocorreu durante um evento na Universidade do Vale de Utah. Em tom enfático, o parlamentar declarou que “mataram a direita moderada” e incentivou seus seguidores a se tornarem aquilo que, segundo ele, “a esquerda teme”: “Seja a extrema-direita que eles tanto têm medo”, afirmou. Em outro trecho, classificou a morte como um marco sem retorno: “não tem mais volta”.
As declarações provocaram reação imediata de Whindersson, que criticou a radicalização do discurso político: “Um cara tomou um tiro no pescoço devido à polarização, olha o que o cristão diz”, escreveu o humorista, referindo-se ao teor combativo da fala do deputado.
Nikolas respondeu de forma agressiva, acusando Whindersson de ignorar a gravidade do crime: “Ele tá mais chocado com um tweet irônico do que com o atentado. E ainda cita cristianismo. Vai ser canalha assim lá longe”, retrucou.
A troca de farpas continuou. Whindersson rebateu com uma reflexão sobre a fé cristã e questionou a coerência entre discurso e prática: “É que o cristianismo meio que vem da história de um cara que foi crucificado injustamente, por que eu chamaria pessoas para o meu lado da história guerrear contra o outro lado, se não foi isso que o homem que morreu pregou? É contraproducente, Nikolas. O que é cristianismo pra você?”
Após essa resposta, o deputado não voltou a se manifestar diretamente sobre o humorista. No entanto, seguiu publicando mensagens de cunho político, reforçando seu posicionamento. Em uma de suas postagens mais longas, Nikolas classificou a morte de Kirk como um “chamado à resistência”.
\"Uma geração que carrega no peito a cruz, a pátria e a liberdade jamais será derrotada\", escreveu o parlamentar.
Charlie Kirk, de 32 anos, era um defensor fervoroso do porte de armas nos Estados Unidos. Após um tiroteio que resultou na morte de seis crianças em uma igreja de Nashville, ele chegou a afirmar, em entrevista ao portal Turning Point USA, que “vale a pena arcar com o custo de, infelizmente, ter algumas mortes por armas de fogo todos os anos para que possamos ter a Segunda Emenda para proteger nossos outros direitos dados por Deus”.
O influenciador foi morto a tiros durante um evento nos EUA, o que reacendeu o debate sobre violência política e polarização ideológica tanto no cenário americano quanto entre personalidades brasileiras nas redes sociais.