Golpe do motel em Porto Alegre: polícia prende falsos detetives que extorquiam clientes de motéis de luxo

Suspeitos exigiam dinheiro de vítimas ameaçando expor imagens comprometedoras obtidas em estabelecimentos de alto padrão.

Por Plox

12/11/2024 09h40 - Atualizado há cerca de 2 meses

Na última segunda-feira (11), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu duas pessoas suspeitas de participação no "golpe do motel", em uma ação chamada Operação Closer, voltada para combater crimes de extorsão e associação criminosa em Porto Alegre e regiões próximas, como a Serra Gaúcha. As prisões foram efetuadas nas cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo, onde os suspeitos estavam localizados.

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Como funcionava o golpe
Para escolher as vítimas, os suspeitos monitoravam motéis de luxo, preferencialmente no período da tarde, observando carros de modelos específicos e com valores elevados. A abordagem consistia em registrar imagens das vítimas na entrada ou saída dos estabelecimentos, o que facilitava a obtenção de detalhes pessoais. Os criminosos, então, utilizavam esses registros fotográficos e vídeos para intimidar as vítimas, alegando ter provas de possíveis casos extraconjugais.

Extorsão e ameaças
Os suspeitos faziam contato com as vítimas por mensagens, nas quais demonstravam possuir informações detalhadas sobre suas rotinas, além de fotos e vídeos comprometedores. O objetivo era extorquir a quantia de R$ 8.000 em troca do silêncio sobre o material. Segundo a Polícia Civil, os criminosos fingiam ser detetives particulares e alegavam ter sido contratados por cônjuges ou familiares para investigar infidelidades.

Orientações das autoridades
O delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, informou que a prática de extorsão afeta gravemente o psicológico das vítimas, que sofrem com o medo da exposição de suas vidas privadas. Ele orienta que as pessoas não realizem pagamentos aos extorsionários e denunciem imediatamente qualquer abordagem similar às autoridades. "Os casos devem ser trazidos imediatamente a registro, sendo garantido o sigilo", destacou Reschke, reforçando o compromisso da polícia em tratar esses incidentes com prioridade, buscando rápida intervenção e solução para evitar mais danos às vítimas.

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