Nikolas Ferreira critica PEC de redução da jornada de trabalho e alerta sobre riscos para a economia

A PEC prevê uma nova escala, estabelecendo quatro dias trabalhados e três de folga (4x3), e exige ao menos 171 assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados

Por Plox

12/11/2024 11h00 - Atualizado há cerca de 2 meses

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tem enfrentado pressão nas redes sociais para apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada semanal de trabalho no Brasil de 44 para 36 horas. A PEC prevê uma nova escala, estabelecendo quatro dias trabalhados e três de folga (4x3), e exige ao menos 171 assinaturas para ser protocolada na Câmara dos Deputados.

Nikolas Ferreira Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Críticas à PEC e necessidade de ajustes

Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Nikolas Ferreira defendeu que o texto da PEC precisa de várias correções, principalmente em relação a cálculos que, segundo ele, estão incorretos. O deputado argumenta que a proposta, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), ainda carece de apoio até mesmo dentro da própria base de esquerda e afirmou que a proposta vai além do simples término da escala de trabalho 6x1.

Impacto para os trabalhadores e riscos de populismo

O deputado alertou que o projeto não se limita à mudança para a escala 4x3. “O que o pessoal do PSOL tá querendo não é simplesmente o fim da escala 6x1. É a proibição da escala 5x2 e a imposição da escala 4x3”, destacou Nikolas Ferreira. Ele orientou os cidadãos a terem cautela com medidas que considera populistas, fazendo um alerta sobre os riscos de políticas que possam levar ao aumento do desemprego. "Daqui a pouco você está fazendo escala 0 por 0, trabalhando 0 dias e ganhando também 0 reais", ironizou o parlamentar.

Consequências econômicas da proposta

Nikolas Ferreira expressou preocupações quanto aos efeitos econômicos que a PEC poderia gerar, especialmente para a população mais pobre. Ele afirmou que a proposta, caso aprovada, aumentaria a informalidade e o desemprego. Segundo ele, essas “medidas irresponsáveis” desencadeariam o aumento da inflação, o que afetaria os preços de produtos e serviços, impactando principalmente os mais vulneráveis.

Críticas ao governo e privilégios no setor público

O parlamentar também usou a ocasião para questionar a postura dos partidos de esquerda sobre o tema, levantando pontos como os privilégios concedidos a políticos e juízes. Ele criticou a falta de indignação em relação a esses benefícios e aproveitou para mencionar os gastos do governo com os 40 ministérios da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando seu posicionamento contrário à PEC.

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