Aos nove anos, Alice Lopes Poloni, de Jacareí (SP), convive com um universo animal nada comum: sua casa abriga mais de 100 bichos, de coelhos e cachorros a cobras, macacos e até jacaré. O amor incondicional pelos animais é uma tradição cultivada desde o berço, passada pelos pais, André e Beatriz, apaixonados por diferentes espécies.

Infância cercada por animais exóticos

Enquanto a maioria das crianças se distrai com brinquedos tradicionais, Alice prefere dedicar seu tempo aos animais, seja com os mais conhecidos ou os mais inusitados. Ao lado dos pais — o adestrador André Poloni e a influenciadora Beatriz Lopes —, ela compartilha no ambiente digital sua rotina, sempre marcada pelo contato com serpentes, jaguatiricas, jacarés, entre outros.

O hábito de viver junto aos animais começou cedo. Segundo a mãe, assim que Alice teve alta do hospital, a família apresentou a recém-nascida a todos os bichos de casa — um cenário, para muitos, improvável, mas completamente natural para eles. Beatriz relata que consultou a pediatra sobre eventuais restrições, recebendo orientação para manter uma rotina normal de convívio.

Amor pelos animais vai além da curiosidade

A vida entre diferentes espécies também trouxe experiências singulares para Alice, que garantiu não sentir medo algum nem mesmo diante de cobras ou jacarés. De acordo com ela, o único desconforto é com insetos como baratas e aranhas.

Entre os favoritos, está Boomerang, um mini cavalo que se tornou xodó da menina. A paixão pelos equinos foi tão forte que Alice chegou a usar as próprias economias para ajudar os pais na compra do animal.

Estrutura adequada para os animais

A família reside em um terreno de 3 mil metros quadrados, o que permite acomodar todos os bichos de maneira apropriada e segura. Com espaço e cuidados, Alice tem a oportunidade de crescer cercada por espécies como pombos, tartarugas, marrecos, mini cavalos, pássaros e outros.

Regulamentação e cuidados necessários

Ter animais exóticos em casa exige responsabilidade e respeito à lei. No Brasil, a legislação autoriza a posse dessas espécies apenas se forem nascidas em cativeiro, adquiridas de criadouros legalizados e devidamente licenciadas por órgãos ambientais, como o Ibama e secretarias estaduais.

É crime capturar, vender, exportar ou manter animais silvestres ilegalmente. Desrespeitar essas normas, além de configurar crime ambiental, pode favorecer a disseminação de doenças e colocar em risco a saúde dos animais e das pessoas.

Valores transmitidos e novos sonhos

Mais do que registros de uma rotina singular, o contato de Alice com os animais reflete valores importantes da família. O respeito e o cuidado com todas as espécies são incentivados diariamente, reforçando o compromisso de tratar todos de forma ética e afetiva. Apesar da convivência próxima com dezenas de bichos, Alice sonha seguir um caminho diferente do pai e deseja, no futuro, ser artista e pintar com aquarela — mas sem nunca se afastar da paixão pelos animais.