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Economia
Dólar cai para R$ 5,27 e Ibovespa renova recorde histórico pelo 12º dia
Moeda americana atinge menor valor em 18 meses com avanço para o fim do shutdown nos EUA; bolsa sobe 1,77% impulsionada por otimismo externo e ambiente de juros
12/11/2025 às 09:18por Redação Plox
12/11/2025 às 09:18
— por Redação Plox
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O dólar fechou esta terça-feira (11) em queda, atingindo o menor valor em quase um ano e meio: R$ 5,273. O cenário favorável para o real se deu principalmente pela expectativa de resolução da paralisação do governo dos Estados Unidos, o chamado “shutdown”.
Dólar atinge o nível mais baixo em um ano e meio
Foto: Pixabay
Moeda americana recua a patamar histórico
A cotação registrada não era vista desde junho de 2024, conforme dados da Bloomberg. A movimentação ocorreu após o Senado americano aprovar um projeto de lei que permite a retomada do financiamento federal, sinalizando o possível fim da maior paralisação já vivida pelo governo dos EUA desde outubro passado.
Com o fim do shutdown em vista, o Federal Reserve (Fed) retoma a divulgação regular de dados econômicos relevantes, como inflação e desemprego, essenciais para orientar decisões sobre política monetária.
Ibovespa renova máximas pela 12ª vez
A Bolsa de Valores brasileira também registrou forte desempenho, renovando o recorde histórico pelo 12º dia consecutivo. O Ibovespa encerrou o pregão com alta de 1,77%, alcançando 158.015 pontos, em meio à 15ª sessão seguida de resultados positivos. No pico do dia, chegou a 158.467 pontos.
Pela primeira vez, o Ibovespa superou as marcas de 156 mil, 157 mil e 158 mil pontos. O momento é favorecido não só pelo cenário externo, mas também pelas expectativas diante da política de juros no país, em especial após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e dos dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Investidores mostram maior apetite por risco
A valorização dos ativos brasileiros acompanha um movimento global de busca por investimentos mais arriscados. O chamado "apetite por risco" cresceu após a aprovação da proposta no Senado americano, que recebeu 60 votos favoráveis diante de 40 contrários.
Para os mercados, o fim da paralisação promete normalizar o funcionamento do governo dos EUA e trazer maior previsibilidade para a economia global.
Diferencial de juros amplia otimismo doméstico
No Brasil, o cenário favorável se intensifica com a diferença entre os juros americanos e a taxa Selic, que permanece em patamares elevados. A estratégia conhecida como "carry trade" estimula investidores a buscar rendimentos mais altos no país.
A ata da última reunião do Copom reforçou que a manutenção da Selic em 15% por um período prolongado deve garantir que a inflação convirja para a meta oficial. O texto destacou a moderação gradual da atividade econômica e a redução nas expectativas inflacionárias, embora ainda acima da meta estipulada pelo Banco Central.
A mensagem passada pela ata é de que, mesmo com a inflação mais comportada, não há espaço para cortes de juros no curtíssimo prazo. O tom da ata busca preservar credibilidade e ancorar expectativas, mostrando que o foco segue no combate à inflação de forma consistente e duradoura.
José Áureo Viana, Economista, assessor e sócio da Blue3 Investimentos
Expectativas para cortes de juros em 2025
No mercado, a aposta predominante é que o primeiro corte da taxa Selic ocorra apenas a partir da primeira reunião de 2025. Esse cenário também contribuiu para o otimismo nos negócios do Ibovespa, segundo analistas.
Os dados recentes do IPCA também impulsionaram o desempenho dos ativos. O índice de preços ao consumidor registrou alta de 0,09% em outubro, abaixo das projeções e do índice anterior, o que ampliou o interesse de investidores estrangeiros pelo Brasil.
Mercado vê espaço para novas altas
A valorização do petróleo beneficiou ações da Petrobras, fortalecendo o desempenho da bolsa. Com o ambiente externo mais estável e o diferencial de juros ainda significativo, os analistas avaliam que o Ibovespa pode continuar avançando nos próximos meses.