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Professor brasileiro tem foto de nebulosa exibida em exposição internacional
Marcelo Adorna Fernandes, da UFSCar, foi o único brasileiro selecionado entre 5,8 mil inscritos no concurso do Observatório Real de Greenwich, com imagem feita em observatório próprio no quintal de casa.
12/11/2025 às 08:42por Redação Plox
12/11/2025 às 08:42
— por Redação Plox
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O professor Marcelo Adorna Fernandes, de São Carlos (SP), foi reconhecido internacionalmente após registrar uma imagem da nebulosa ETA Carinae a partir do observatório amador que construiu no quintal de casa. Seu trabalho garantiu destaque no livro "Fotógrafo de Astronomia do Ano", publicação do Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra.
O observatório denominado ‘Kronos’ possui equipamentos como um teto móvel e dois telescópios.
Foto: Reprodução / EPTV.
A nebulosa, composta por grandes nuvens de poeira e gás, foi fotografada por Fernandes em meio a um universo de 5,8 mil inscrições de 68 países para o concurso internacional. Sua foto foi a única brasileira selecionada e integra agora uma exposição com 140 imagens no Museu Marítimo Nacional em Greenwich.
Observatório caseiro transforma paixão em reconhecimento
Fernandes desenvolveu o observatório batizado de Kronos utilizando recursos como teto retrátil e dois telescópios. Um deles foi confeccionado por ele mesmo ainda na adolescência, reaproveitando materiais para todas as partes exceto a ótica, que exige especificidade técnica. O envolvimento com a astronomia nasceu na infância, quando passava horas observando estrelas e meteoros.
A imagem foi a única do Brasil escolhida para o concurso internacional, que contou com 5,8 mil fotos submetidas de 68 nações.
Foto: Reprodução / EPTV.
Rotina entre ciência, tecnologia e obstinação
Durante o dia, Fernandes atua como professor na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). À noite, dedica-se à astrofotografia, começando o trabalho logo após o pôr do sol e estendendo-se até o amanhecer. Para alcançar bons resultados, mantém um rigoroso planejamento, estudando as condições climáticas e ajustando equipamentos.
A paixão de Marcelo Fernandes pela astronomia o incentivou a erguer um autêntico observatório amador em uma área adjunta ao quintal de sua residência
Foto: Reprodução / EPTV.
Os registros captados são realizados com um telescópio monocromático. Posteriormente, as imagens precisam ser colorizadas em computador. Para garantir a melhor captura, Fernandes avalia o vento e a previsão de nuvens, fatores que podem comprometer o trabalho durante a noite. O controle do telescópio é feito por coordenadas inseridas em um software, permitindo a automação do processo fotográfico durante toda a madrugada.
Dicas para quem deseja fotografar o céu
Segundo Fernandes, celulares com o recurso de fotografia noturna também podem proporcionar bons resultados, desde que sejam utilizados corretamente. Apontar a câmera para o céu escuro, longe da iluminação urbana, e controlar o tempo de exposição por até 30 segundos são fatores que contribuem para obter uma imagem marcante da Via Láctea.