Dilma Rousseff eleita Mulher Economista de 2023 após período controverso

A ex-presidente e atual presidente do Banco dos Brics reconhecida por sua contribuição econômica, apesar de desafios anteriores

Por Plox

12/12/2023 15h46 - Atualizado há 8 meses

A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi eleita a Mulher Economista de 2023 pelo Cofecon/Corecons, marcando um momento significativo em sua carreira, que incluiu períodos de controvérsias econômicas e políticas. Atualmente, Rousseff preside o Novo Banco de Desenvolvimento, sediado em Xangai, China, desde março deste ano.

Durante sua presidência no Brasil, de 2011 a 2016, o país enfrentou uma retração econômica severa, com quedas consecutivas no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e 2016. Este ciclo representou um dos mais longos períodos de declínio econômico na história do Brasil, com uma queda acumulada de mais de 8% do PIB.

A votação para o prêmio foi secreta e ocorreu durante uma plenária da Cofecon em formato híbrido. A entrega da honraria está prevista para 2024. O Cofecon destacou a importância de reconhecer e valorizar as mulheres em papéis relevantes na economia, enfatizando a contribuição de Rousseff no campo econômico e em políticas que influenciaram a trajetória econômica do Brasil.

Rousseff também ocupou cargos ministeriais nos dois primeiros governos do presidente Lula e foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil em 2010, sendo reeleita em 2014. Seu mandato foi cassado em 2016, após um processo de impeachment relacionado a "pedaladas fiscais".

Recentemente, após mudanças na Lei de Improbidade Administrativa, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região manteve o arquivamento de uma ação contra Rousseff no caso das pedaladas fiscais, sem análise do mérito. A decisão do TRF-1 seguiu a orientação do STF, que entendeu ser possível aplicar a nova lei, considerada mais benéfica, a casos ainda não finalizados na Justiça.

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