Fim de ano pode causar mais doenças em gatos; saiba como evitar

Com a chegada de dezembro e o aumento das temperaturas, os tutores de gatos precisam redobrar a atenção com as zoonoses que podem atingir os pets. As micoses, causadas por fungos, encontram no calor e na umidade as condições ideais para se desenvolverem, o que aumenta o risco de contaminação.

De acordo com a veterinária Roberta Fornagieri do Amaral, a transmissão ocorre pelo contato direto com animais infectados ou superfícies contaminadas, que podem incluir desde solo com matéria orgânica em decomposição até presas contaminadas. "Desde o solo contaminado à matéria orgânica em decomposição, presas infectadas ou até mesmo em outros animais", explica a especialista.

Principais micoses que afetam os gatos

Algumas micoses são mais comuns entre os felinos e podem ser transmitidas dos animais para os humanos, configurando uma zoonose. Entre as principais estão:

1. Dermatofitose
Essa micose é caracterizada por lesões circulares na pele, geralmente acompanhadas por coceira e perda de pelos no local afetado.

2. Esporotricose
Mais grave, a esporotricose provoca lesões na pele, nódulos subcutâneos e ulcerações. É uma zoonose de grande preocupação, pois o contágio para humanos é mais frequente.

3. Candidíase cutânea
Causada pelo fungo Candida, essa micose atinge a pele e as membranas mucosas dos gatos. Segundo a veterinária Amaral, as lesões provocadas pela candidíase podem ser dolorosas e, em alguns casos, estão associadas a outros problemas de saúde do animal.

4. Histoplasmose
Mais comum em locais com solo rico em fezes de pássaros e morcegos, a histoplasmose pode atingir os felinos por meio da inalação de esporos do fungo ou da ingestão de presas contaminadas. Os sintomas incluem problemas respiratórios, perda de peso e letargia, conforme explica Amaral.

Como proteger os gatos das micoses?

A prevenção é a melhor forma de proteger os felinos contra as micoses. De acordo com a veterinária Gabriela Delfino, uma das principais medidas é manter o animal dentro de casa e evitar o contato com outros animais que possam estar infectados. Além disso, algumas práticas são essenciais:

• Higienização do ambiente: Limpar o local onde o gato vive reduz o risco de contato com esporos e fungos.
• Evitar o excesso de banhos: Embora a limpeza seja importante, o excesso de umidade favorece o desenvolvimento de fungos.
• Manter o gato longe de locais úmidos: Deixar o animal nadar ou frequentar locais muito úmidos não é indicado nesse período.
• Consulta veterinária periódica: Avaliações regulares ajudam a identificar e tratar precocemente qualquer sinal de micose.
• Boa alimentação: Uma dieta saudável fortalece o sistema imunológico do felino, reduzindo a probabilidade de infecções fúngicas.

"É importante evitar o excesso de banhos e a exposição a locais úmidos, pois isso favorece o desenvolvimento de fungos", orienta a veterinária Roberta Amaral.

Adotar essas práticas preventivas e manter os cuidados em dia ajuda a proteger os gatos contra as micoses mais comuns dessa época do ano.