Pai é condenado a 26 anos e madrasta a 35 anos pela morte de Ian Henrique, de 2 anos, em Minas Gerais
Márcio da Rocha foi sentenciado a 26 anos de prisão, e Bruna Cristine a 35 anos. Justiça negou o direito de recorrer em liberdade
Por Plox
12/12/2024 08h31 - Atualizado há cerca de 8 horas
Foi concluído na madrugada desta quinta-feira (12) o julgamento de Márcio de Rocha de Souza e Bruna Cristine dos Santos, pai e madrasta do menino Ian Henrique Almeida Cunha, de dois anos, morto em janeiro de 2023 após sofrer agressões na cabeça. O caso ocorreu em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A sentença foi proferida por volta das 2h pelo juiz Michel Curi e Silva, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Márcio de Rocha foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado em duas circunstâncias: motivo torpe e crime contra menor de 14 anos.
Bruna Cristine, madrasta de Ian, recebeu uma pena maior. Ela foi condenada a 35 anos de prisão, também em regime fechado, por homicídio qualificado em quatro circunstâncias: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime contra menor de 14 anos.
O caso
No início de janeiro de 2023, Ian Henrique deu entrada no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, apresentando lesões na cabeça. Apesar dos esforços da equipe médica, a criança não resistiu e morreu em decorrência de um traumatismo craniano. O caso gerou grande comoção e indignação pública.
A investigação apontou que as lesões foram provocadas por uma série de agressões, levando o Ministério Público a denunciar o pai e a madrasta por homicídio qualificado. Desde então, os dois foram mantidos presos preventivamente.
Decisão sobre o recurso
O Tribunal do Júri negou o direito dos réus de recorrerem em liberdade. Com isso, ambos foram reconduzidos ao sistema prisional para o cumprimento da pena.