O Banco Central pode excluir 31 instituições de pagamento do Pix por não cumprirem as novas exigências de segurança impostas após ataques hackers que geraram um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no sistema. A informação foi divulgada no último Fórum Pix, realizado em 4 de dezembro, sem que os nomes das instituições fossem revelados.
Instituições que podem ser excluídas do sistema não foram nomeadas
Foto: Agência Brasil
As instituições em risco de exclusão não têm autorização do Banco Central e, por isso, não acessam diretamente o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Elas são classificadas como participantes indiretas e dependem de convênios com instituições intermediárias para efetivar a liquidação instantânea das transações.
De acordo com dados apresentados no Fórum Pix, 39 instituições não autorizadas já se adequaram às regras e mantêm contrato com intermediárias. As outras 31 precisam substituir a instituição responsável por sua intermediação até 4 de março de 2026 para evitar a exclusão do sistema.
Em setembro, uma resolução do Banco Central estabeleceu que apenas instituições com avaliação de risco completa podem atuar como intermediárias de terceiros no Pix. A regulamentação determina que esse documento deve reunir dados sobre movimentações e valores totais depositados, permitindo avaliar riscos de calote e insolvência das empresas participantes.
O objetivo é reforçar a segurança do arranjo de pagamentos e reduzir a exposição do sistema a fraudes e golpes envolvendo o Pix.
Um relatório da BioCatch, publicado pela CNN Brasil, aponta que cerca de 51% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes digitais, incluindo golpes envolvendo o próprio Pix. Em valores, essas práticas teriam provocado um prejuízo de R$ 4,9 bilhões somente em 2024.
