Escândalos de gastos públicos abalam alta cúpula do governo Lula

Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, enfrenta questionamentos sobre o uso de dinheiro público para financiar a viagem de três servidores, incluindo um fotógrafo oficial, para Aracaju (SE) durante um evento carnavalesco. O caso, revelado pelo jornal O Globo, ocorreu no final do ano passado e o custo totalizou R$ 18,5 mil, conforme registros no Portal da Transparência. Após a divulgação, Macêdo afirmou que viajou com recursos próprios e prometeu investigar o episódio, atribuindo a um "erro formal" de seu gabinete.

Juscelino Filho, ministro das Comunicações, lidera em polêmicas no governo. Investigado por suspeitas de desvios na Codevasf, Juscelino é acusado de destinar cerca de R$ 42 milhões em emendas parlamentares para obras em regiões ligadas a suas propriedades no Maranhão. Além disso, a Polícia Federal sugere que ele possa ser beneficiário de uma organização criminosa. Em setembro de 2023, o STF bloqueou R$ 835 mil de seus bens. Recentemente, foi revelado pelo mesmo jornal o uso indevido de um voo da FAB e diárias pagas por compromissos não oficiais.

Silvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos, enquanto deputado federal, teria utilizado verbas de gabinete, totalizando R$ 105,1 mil, para abastecer veículos de familiares, conforme reportagem de O Globo. Ele negou as acusações, atribuindo o erro ao posto de combustível.

Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, se viu envolvido em controvérsias devido ao pagamento de despesas de viagem para Luciane Barbosa Farias, esposa de um conhecido criminoso, para participar de um evento em Brasília. A pasta defendeu que a escolha dos participantes foi feita pelos comitês estaduais e que Almeida não teve contato direto com Luciane.