Bolsonaro apresenta tradução juramentada para validar convite à posse de Trump

Em manifestação ao STF, defesa do ex-presidente afirma que o convite recebido é legítimo e busca a devolução do passaporte.

Por Plox

13/01/2025 22h06 - Atualizado há 6 meses

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma declaração assinada por uma tradutora pública juramentada para reforçar a autenticidade de um convite recebido por e-mail para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O evento está previsto para a próxima segunda-feira (20), e o ex-presidente brasileiro pretende utilizar o documento para solicitar a devolução de seu passaporte, retido por decisão judicial desde fevereiro de 2024.

O documento de tradução foi produzido por Flavia Carpes Westphalen da Veiga, tradutora juramentada em Santa Catarina. Na declaração, Flavia assegura que a tradução foi feita de forma fiel ao original, descrevendo o conteúdo como legítimo. "Nada mais constava do documento que me foi apresentado, que traduzi e descrevi bem e fielmente conforme o original a que me reporto", escreveu a tradutora no texto assinado em Florianópolis nessa segunda-feira (13).

Defesa destaca autenticidade do convite

Os advogados de Bolsonaro afirmam que o e-mail foi enviado por meio de um domínio oficial associado à organização dos eventos de posse presidencial nos EUA. Segundo eles, a mensagem foi encaminhada pelo endereço eletrônico "[email protected]", vinculado ao "Trump Vance Inaugural Committee, Inc.", responsável pela cerimônia de posse. A defesa sustenta que o domínio "t47inaugural.com" faz referência ao "Mandato 47" do governo norte-americano, que será assumido por Trump.

Para embasar o pedido, os representantes de Bolsonaro anexaram informações obtidas no site da Comissão Eleitoral Federal dos EUA, que confirmam os dados oficiais do comitê organizador, incluindo endereço e tesoureiro.

Retenção do passaporte

Bolsonaro teve seu passaporte retido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A medida está relacionada às investigações que apuram o suposto envolvimento do ex-presidente em um plano de golpe de Estado no final de 2022.

Na manifestação protocolada nesta segunda-feira (13), a defesa garantiu que Bolsonaro não interferirá no andamento do processo, solicitando a liberação do passaporte exclusivamente para viajar entre os dias 17 e 22 de janeiro.

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