Lula planeja reforma ministerial que pode abrir espaço para Rodrigo Pacheco
Governo busca dar visibilidade ao senador mineiro para potencial candidatura ao governo de Minas em 2026.
Por Plox
13/01/2025 08h24 - Atualizado há 5 meses
A reforma ministerial prevista para fevereiro no governo Lula pode trazer mudanças significativas na representação de Minas Gerais no primeiro escalão. O Palácio do Planalto trabalha para dar maior visibilidade ao senador Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Congresso, considerando-o uma aposta estratégica para enfrentar candidatos apoiados pelo governador Romeu Zema (Novo) nas eleições de 2026.

Pacheco e a possibilidade de integrar o ministério
O nome de Rodrigo Pacheco tem sido cogitado para cargos importantes, como o Ministério da Justiça, atualmente sob Ricardo Lewandowski, ou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ocupado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A intenção é garantir ao senador mineiro maior projeção até o próximo pleito. No entanto, sua resistência à ideia é um dos principais desafios para o governo.
Futuro de Alexandre Silveira no ministério de Minas e Energia
O atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), também enfrenta incertezas. Apesar de ser considerado um aliado próximo de Lula, o ministério que comanda é alvo de interesse de outros políticos, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que já teria manifestado ao presidente seu desejo de assumir a pasta. Caso Pacheco seja efetivado em um cargo ministerial, será difícil justificar a permanência de Silveira na Esplanada, pois ambos pertencem ao mesmo partido, o que poderia desequilibrar a representatividade dos aliados do governo.
Disputa interna no PSD e pressão por redistribuição de cargos
O PSD enfrenta pressões internas devido à concentração de poder em suas bancadas. Enquanto o Senado comanda ministérios fortes, como Agricultura e Minas e Energia, a bancada da Câmara almeja uma posição mais robusta e considera o ministério de Silveira uma possível solução. Essa dinâmica pode influenciar diretamente na decisão de sua permanência.
Resistências no PT e limitações para Minas Gerais
Dentro do PT mineiro, há um consenso de que novos espaços ministeriais para o estado são improváveis. Atualmente, Minas Gerais é representada por Silveira e pela deputada estadual Macaé Evaristo (PT), ministra dos Direitos Humanos desde 2024. A inclusão de Pacheco poderia elevar a participação mineira a três ministérios, mas a resistência de setores petistas a redistribuições pode complicar as negociações.
Movimentações nos bastidores e cenário político
As conversas sobre a reforma ministerial ainda aguardam definições das eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Paralelamente, o futuro político de Pacheco é observado como estratégico não apenas para o PSD, mas também para o projeto político do governo federal em Minas Gerais.
Até o momento, Alexandre Silveira não comentou as especulações, e Rodrigo Pacheco afirmou que não se manifestaria sobre o assunto. O espaço segue aberto para futuras declarações.