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Adolescente morta por pastor será enterrada nesta quinta

Irmãos organizam arrecadação para garantir enterro digno; comunidade se revolta contra suspeito

13/02/2025 às 12:13 por Redação Plox

O corpo da adolescente Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos, vítima de um crime brutal cometido por um pastor, será sepultado na manhã desta quinta-feira (13/2) no Cemitério do Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, Região Oeste de Belo Horizonte. O velório está marcado para as 10h30, e o enterro ocorrerá às 11h.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A família de Stefany enfrentou dificuldades financeiras para arcar com as taxas do sepultamento e realizou uma campanha de arrecadação para garantir um enterro digno. Jéssica Soares, irmã da vítima, explicou que a família possuía um jazigo onde outro irmão já estava enterrado, mas os custos para o enterro de Stefany estavam elevados.

“Nosso desejo é que meu irmão e minha irmã fiquem juntos. O desejo da nossa família é manter os irmãos juntos e não colocar a Stefany em uma sepultura de cemitério público. O que a gente conseguir arrecadar é de grande apoio. É um momento muito difícil, doloroso”, declarou Jéssica.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Crime e investigação

O corpo de Stefany foi encontrado em uma área de mata entre as cidades de Esmeraldas e Ribeirão das Neves na última terça-feira (11/2). A Polícia Civil localizou o cadáver já em estado de decomposição após a prisão do principal suspeito, o pastor João das Graças Pachola, que confessou o crime e indicou onde havia enterrado a vítima.

O pastor atuava no Bairro Metropolitano, em Ribeirão das Neves, e foi preso em Contagem durante uma investigação conduzida pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). João alegou ter matado a adolescente após receber um tapa no rosto, mas negou qualquer abuso sexual. Exames periciais serão realizados para esclarecer essa questão.

Comunidade revoltada e denúncias de assédio

Após a prisão do suspeito, moradores do Bairro Metropolitano incendiaram o carro do pastor. Segundo uma amiga de Stefany, ele já havia assediado outras meninas da região, levantando suspeitas de que o crime pode não ter sido um caso isolado.

A irmã da vítima, Kamila Oliveira, relatou que o veículo do suspeito estava coberto de sangue, que a família acredita ser de Stefany.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Descaso da PM

A família da adolescente também acusa a Polícia Militar de negligência no atendimento ao desaparecimento de Stefany. Segundo Kamila, ao tentar registrar o boletim de ocorrência no domingo (9/2), a PM sugeriu que a menina poderia estar em um baile ou com um namorado.

“A PM perguntou o que tinha acontecido e falou assim: ‘Pois é, essa idade é complicada. Provavelmente deve estar em algum baile’. Eu falei: ‘Mas minha irmã não faz isso. Minha irmã é muito caladinha’. Aí ele disse assim: ‘A gente não vai registrar nenhum boletim de ocorrência. Agora é esperar, porque provavelmente ela deve estar na casa de algum namoradinho ou deve estar na casa de alguma amiguinha’”, contou Kamila.

A família também denuncia que a polícia ignorou um relato importante de um caminhoneiro, que viu uma menina sendo colocada à força dentro de um HB20 branco por um homem mais velho. Apesar das características coincidirem com as de Stefany, a informação não foi investigada pela PM.

Para Kamila, a negligência policial foi determinante para o desfecho trágico do caso. “A denúncia, no exato momento que o carro saiu, poderia ter evitado muita coisa, mas eles não quiseram registrar”, lamentou.

Revolta e pedido de justiça

O impacto emocional na família é imenso, principalmente porque Stefany não poderá ser velada devido ao avançado estado de decomposição do corpo. “A dor que a gente está sentindo de ter que enterrar minha irmã com o caixão fechado, em decomposição, porque um traste fez isso com ela… Eu quero justiça”, desabafou Kamila.

Diante da revolta da comunidade, a Polícia Militar foi deslocada para a casa do suspeito para evitar que o imóvel fosse incendiado. No entanto, a presença policial irritou ainda mais os moradores, que interpretaram a ação como uma proteção ao autor do crime.

A Polícia Militar informou, por meio de nota, que suas equipes acompanharam o caso desde o desaparecimento e colaboraram com a Polícia Civil na prisão do pastor. A corregedoria da corporação instaurou um procedimento para apurar as denúncias de negligência no atendimento à família de Stefany.

 

 

 

 

 

 

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