Deslizamentos no Vale do Aço: um mês após a tragédia, cidades ainda enfrentam desafios na recuperação

Ipatinga mantém força-tarefa para limpeza e recuperação das áreas afetadas

Por Plox

13/02/2025 06h01 - Atualizado há 28 dias

Um mês se passou desde que as chuvas intensas provocaram destruição no Vale do Aço, deixando um rastro de lama, desabrigados e vidas perdidas. No dia 12 de janeiro, deslizamentos de terra e enxurradas causaram a morte de 11 pessoas, sendo 10 em Ipatinga e uma em Santana do Paraíso. Entre as vítimas, cinco pertenciam à mesma família, soterrada no bairro Bethânia.

Foto: Divulgação/PMI

Cenário de destruição e calamidade pública

As tempestades não apenas tiraram vidas, mas também causaram estragos severos na infraestrutura das cidades. Casas e comércios foram invadidos pela lama, enquanto ruas inteiras ficaram intransitáveis. Em resposta ao desastre, Ipatinga decretou estado de calamidade pública e montou um abrigo emergencial no estádio Ipatingão para acolher as famílias que perderam tudo.

Esforços de limpeza e reconstrução

Desde o desastre, a prefeitura vem trabalhando para recuperar as áreas afetadas. Em um balanço divulgado nesta quarta-feira (12), foi informado que 18 mil toneladas de entulho já foram removidas e 66 vias receberam serviços de recuperação. Mais de 900 pessoas, entre funcionários públicos e voluntários, participam das ações de limpeza.

A Defesa Civil segue monitorando as regiões interditadas, analisando a viabilidade do retorno dos moradores. Até o momento, 1.590 pessoas permanecem desalojadas, enquanto 64 ainda não têm para onde ir.

Danos estruturais e riscos

Apesar dos avanços na limpeza, ainda há muito a ser feito. De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Reginaldo Soares, a situação exige um esforço contínuo. "Temos muito material a ser removido, principalmente dentro das propriedades atingidas", afirmou. Além disso, algumas residências foram condenadas devido ao risco estrutural e precisarão ser demolidas.

Mobilização e solidariedade

A tragédia gerou uma onda de solidariedade dentro e fora de Ipatinga. Diversas cidades da região enviaram apoio, incluindo Coronel Fabriciano, que disponibilizou máquinas e caminhões para ajudar na remoção de entulhos. Doações e voluntários também foram fundamentais para atender às necessidades das famílias atingidas.

Os trabalhos de recuperação seguem sem prazo para conclusão, mas a prefeitura garante que as ações continuarão nos próximos meses para que as famílias possam, enfim, recomeçar.

 

 

 

 

 

 

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