Após 27 anos no corredor da morte, mulher pode ser inocentada

Brittany Holberg teve sua condenação anulada após revelação de que testemunha-chave era informante pago

Por Plox

13/03/2025 10h58 - Atualizado há 2 meses

Após passar 27 anos no corredor da morte, Brittany Holberg pode ter seu destino alterado drasticamente. Condenada em 1998 pelo assassinato brutal do idoso A.B. Towery, de 80 anos, a americana viu sua sentença ser anulada após uma descoberta impactante feita pelo Tribunal de Apelações do 5º Circuito dos Estados Unidos.


Imagem Foto: Divulgação


O crime ocorreu em 1996, quando Towery foi esfaqueado 58 vezes, golpeado com um martelo e teve uma luminária inserida em sua garganta. Holberg, então com 25 anos, foi considerada culpada pelo homicídio capital em uma tentativa de roubo e passou mais de duas décadas no corredor da morte.



No entanto, a reviravolta veio após a revelação de que a principal testemunha da acusação era, na verdade, um informante pago—a informação havia sido omitida pelos promotores na época do julgamento. O juiz Patrick E. Higginbotham, ao avaliar o caso, ressaltou que essa omissão representa uma grave falha da Justiça e destacou a necessidade de maior rigor na aplicação da pena de morte nos Estados Unidos, onde ainda é legalizada em 27 estados.



“Os 27 anos da Sra. Holberg no corredor da morte demonstram uma falha do Estado em cumprir uma estrutura central de acusação: a Doutrina Brady”, afirmou Higginbotham. Essa doutrina, estabelecida pela Suprema Corte dos EUA em 1963, exige que todas as provas que possam inocentar um réu sejam entregues à defesa. O caso Holberg reacende o debate sobre as falhas judiciais em sentenças capitais e levanta questionamentos sobre o futuro da pena de morte no país.


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