Jovem de 21 anos morta e enterrada sob concreto foi cobrar dívida em BH
Clara Maria, de 21 anos, foi chamada por ex-colega para receber R$ 400 e nunca mais voltou para casa
Por Plox
13/03/2025 17h03 - Atualizado há 2 meses
A jovem Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, foi encontrada morta na tarde desta quarta-feira (12) em Belo Horizonte. O corpo estava enterrado dentro de uma casa no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, coberto por terra, entulho e concreto. Três suspeitos foram presos pelo crime.
Clara estava desaparecida desde o último domingo (9), quando saiu do trabalho para encontrar um ex-colega e receber uma dívida de R$400. Segundo a Polícia Civil, a vítima enviou uma mensagem ao amigo por volta das 22h45, informando que pegou o dinheiro e estava indo para casa, mas nunca chegou ao destino. Horas depois, ele recebeu novas mensagens dela, que pareciam escritas por outra pessoa, o que levantou suspeitas.

As investigações levaram a polícia até a casa de Thiago Schafer Sampaio, ex-colega de Clara e principal suspeito do crime. No local, os agentes encontraram um forte odor e, após buscas, descobriram que o corpo da jovem havia sido enterrado em um corredor estreito da residência. Segundo o Corpo de Bombeiros, o concreto ainda estava úmido, indicando que a tentativa de ocultação foi feita recentemente.
Além de Thiago, foram presos Lucas Rodrigues Pimentel e Kennedy Marcelo da Conceição Filho. Thiago e Lucas confessaram participação no feminicídio, enquanto Kennedy negou envolvimento e foi liberado pela polícia.
A armadilha e o crime
No dia do desaparecimento, Clara contou ao namorado que Thiago estava evitando contato com ela, mas que, no dia seguinte, o homem procurou a jovem dizendo que finalmente pagaria a dívida. Foi então que ela saiu para encontrá-lo e não voltou mais.
O caso foi descoberto após relatos de testemunhas e informações levantadas pela polícia. Ao chegar à casa de Thiago, os investigadores foram recebidos por ele na porta, onde já era possível sentir um forte odor vindo do interior da residência. Dentro do imóvel, um homem estava dormindo enquanto o corpo de Clara estava enterrado.
“Jogaram terra e entulho em cima e tentaram esconder o corpo com concreto”, afirmou o tenente Washington Rodrigues, do Corpo de Bombeiros.

Mensagens suspeitas e desaparecimento
A polícia revelou que a última mensagem enviada pelo celular da vítima não condizia com sua forma usual de comunicação. Por volta de 00h30 de segunda-feira (10), o amigo recebeu um texto dizendo “Oi, estou bem. Estou ocupada agora”. Horas depois, outra mensagem estranha se referia a ele como “amiga”, algo incomum para a jovem.
Na segunda-feira, tanto o celular de Clara quanto o do suspeito pararam de receber chamadas e mensagens, levantando ainda mais suspeitas sobre o que poderia ter acontecido com a vítima.
Familiares e amigos de Clara Maria relataram que ela era responsável, dedicada ao trabalho e cuidadosa com seus animais de estimação. A brutalidade do crime e a forma como o corpo foi ocultado chocaram a comunidade.
A Polícia Civil segue investigando o caso e trabalha para esclarecer todos os detalhes do feminicídio.