Mulher é presa por engano no lugar da irmã em Goiás
Dona de casa ficou detida por cinco dias após erro na execução de mandado de prisão
Por Plox
13/03/2025 09h56 - Atualizado há cerca de 1 mês
A dona de casa Thalita Lima dos Santos, de 37 anos, viveu momentos de desespero ao ser presa injustamente após a execução equivocada de um mandado de prisão. O erro aconteceu no dia 6 de março, em Aparecida de Goiânia-GO, quando policiais cumpriram uma ordem judicial que, na verdade, deveria ter sido direcionada à irmã da mulher.

A confusão teve início quando a irmã de Thalita foi detida por suspeita de furto e forneceu o nome dela às autoridades. O crime em questão ocorreu em setembro de 2024, quando um celular foi furtado, e, na ocasião, o nome registrado no boletim de ocorrência como suspeito foi o de Thalita. Durante a abordagem policial, a verdadeira autora do crime utilizou a identidade da irmã, levando a um erro no processo judicial.
Na audiência de custódia da suspeita, a juíza responsável considerou o auto de prisão em flagrante confuso e liberou a acusada com medidas cautelares. Entretanto, como ela não compareceu aos atos processuais exigidos, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva. Foi esse documento que resultou na prisão equivocada de Thalita.
A dona de casa foi detida em sua residência ao chegar da escola com a filha. “Eu disse que não era eu, mas eles já foram me encostando. Fiquei sem ação, sem chão, na frente da minha filha”, relatou Thalita em entrevista à TV Anhanguera. A mulher permaneceu presa por cinco dias no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A falha foi descoberta durante a audiência de custódia da própria Thalita. O juiz Leonardo de Camargos Martins identificou que as imagens da primeira audiência indicavam que se tratavam de pessoas diferentes. Um laudo pericial confirmou a divergência, ao constatar que a digital coletada na ocasião do flagrante não correspondia à de Thalita.
A defesa da dona de casa classificou o caso como um erro grave, enquanto a Polícia Militar reafirmou seu compromisso com a transparência e se colocou à disposição para esclarecimentos. A Polícia Civil, por sua vez, não se manifestou. A Defensoria Pública de Goiás, responsável por representar a irmã de Thalita na audiência de custódia, cumpriu seu dever de defesa para aqueles sem condições financeiras.
O caso expõe as falhas no sistema de identificação e cumprimento de mandados, trazendo questionamentos sobre a necessidade de maior rigor na verificação das identidades dos detidos para evitar injustiças como essa.