Os brasileiros sacaram R$ 8,007 bilhões a mais do que depositaram na poupança durante o mês de fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (12). No período, os depósitos totalizaram R$ 331,996 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 340,003 bilhões.

Foto: Presidência

Mesmo com o volume maior de retiradas, a caderneta registrou um rendimento de R$ 6,431 bilhões no mês, mantendo o saldo total em R$ 1,010 trilhão. O crédito imobiliário (SBPE) foi um dos setores mais impactados, com saques somando R$ 292,831 bilhões, superando os depósitos de R$ 287,772 bilhões. Já na poupança rural, os investimentos foram de R$ 44,224 bilhões, mas as retiradas chegaram a R$ 47,172 bilhões.

A captação líquida no segmento imobiliário apresentou um saldo negativo de R$ 5,058 bilhões, reflexo do aumento nos saques. Esse comportamento pode estar relacionado à busca por maior liquidez diante da instabilidade econômica e do avanço da inflação.

A poupança continua sendo uma das principais formas de investimento da população brasileira, garantindo segurança financeira e servindo como reserva de emergência. Os dados do Banco Central acompanham as movimentações diárias da caderneta, apontando tendências no comportamento dos investidores.

A retirada líquida registrada em fevereiro reflete a continuidade de um cenário desafiador para os poupadores, que seguem buscando alternativas diante das mudanças na economia do país.