No dia 13 de abril celebra-se o Dia do Beijo, data que gera curiosidade por sua origem, supostamente iniciada por um jovem italiano que desafiou a resistência das mulheres de seu vilarejo a não beijá-lo, gerando uma lenda local. Beijar, embora seja um gesto de carinho e desejo, carrega o risco de transmissão de várias doenças, desde vírus como o da Covid-19 até condições mais graves como a meningite e a mononucleose, conhecida também como a "doença do beijo".

Doenças transmitidas pelo beijo

Segundo a médica infectologista Luisa Pereira, apesar de não haver contraindicações absolutas para beijar alguém com infecções como herpes ou mononucleose, é aconselhável evitar o contato íntimo quando existem lesões ativas. A médica reforça que doenças como a meningite bacteriana, apesar de raras, também podem ser transmitidas através do beijo. A melhor prevenção continua sendo a manutenção do esquema vacinal em dia e a observação de sinais de possíveis infecções na outra pessoa antes de beijar.

Precauções adicionais e cuidados com a saúde bucal

Doenças respiratórias podem complicar a situação ao congestionar as vias aéreas, o que, por vezes, afeta também os ouvidos, explica o médico otorrinolaringologista Bruno Barros. O vírus da herpes, embora ainda sob investigação, pode estar relacionado à surdez súbita, o que exigiria tratamento imediato para evitar danos permanentes. Beijos não só na boca, mas também na bochecha ou outras áreas sensíveis, podem representar riscos se a pressão ou intensidade for excessiva.

Ricardo Schmitutz Jahn, dentista e professor, destaca que o beijo também pode ser um vetor para a transmissão de bactérias causadoras de cárie, especialmente em situações onde há uma troca frequente e íntima, como entre pais e filhos. Para prevenir a transmissão de doenças bucais, é essencial manter uma higiene oral rigorosa e consultar regularmente um profissional da área.