Mosquitos podem picar através da roupa, revela estudo da UFLA
Pesquisa em Minas Gerais destaca que tecido não impede picadas de Aedes aegypti
Por Plox
13/04/2024 08h53 - Atualizado há 5 meses
- Uma pesquisa recente da Universidade Federal de Lavras (UFLA), localizada no Campo das Vertentes, Minas Gerais, revelou que a fêmea do mosquito Aedes aegypti pode picar pessoas mesmo através de roupas. O estudo foi realizado pelo Núcleo de Pesquisa Biomédica (Nupeb) e coordenado pela professora e bióloga Joziana Barçante.
- A professora Joziana explicou que "alguns estudos já mostravam que os mosquitos poderiam picar as pessoas por cima da roupa, por isso resolvemos fazer um teste". O estudo utilizou três mosquitos-fêmea criados em laboratório e não-contaminados para demonstrar o fenômeno.
- O experimento demonstrou que, mesmo com o uso de roupas, os mosquitos conseguiam se alimentar de sangue, um processo conhecido como hematofagia. O abdômen dos insetos se enchia de sangue, indicando a efetiva picada através do tecido.
Proteção e prevenção
- A pesquisa aponta a necessidade de revisitar as estratégias de proteção contra mosquitos, especialmente em regiões propensas à proliferação do Aedes aegypti. Além de roupas, o uso de repelentes continua sendo a medida mais recomendada.
- A especialista Joziana Barçante sugere a aplicação de repelente sob as roupas mas alerta para a leitura atenta do rótulo, a fim de evitar intoxicações ou lesões devido ao contato direto com a pele.
Impacto climático
- As condições climáticas, como altas temperaturas e umidade, favorecem a proliferação de mosquitos. Essas condições aceleram o ciclo de vida dos mosquitos e aumentam sua atividade, ampliando o risco de doenças como dengue, zika e chikungunya.
- Produtos contendo picaridina ou icaridina são recomendados para a proteção contra uma variedade de mosquitos. É importante seguir as instruções de reaplicação, especialmente após transpirar.
Dengue em Minas
- Um recente balanço da Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES/MG) destacou a gravidade da situação da dengue no estado, com mais de um milhão de casos prováveis registrados este ano, dos quais cerca de 419 mil foram confirmados. Há 227 mortes confirmadas e outras 677 sob investigação.
- Os dados também mostram preocupação com a febre chikungunya e o vírus da zika, com dezenas de milhares de casos e várias mortes confirmadas.
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