Executivo da Pfizer confirma que Bolsonaro ignorou ofertas de vacinas em 2020

O contrato com a Pfizer só foi fechado no dia 19 de março de 2021

Por Plox

13/05/2021 14h47 - Atualizado há quase 4 anos

Durante depoimento na CPI da Pandemia nesta quinta-feira (13), o executivo da Pfizer, Carlos Murillo, confirmou aos senadores que o governo do presidente Jair Bolsonaro ignorou ofertas que previam 70 milhões de doses da vacina em 2020. 

"Nossa oferta de 26 de agosto, como era vinculante, e como estávamos nesse processo com todos os governos tinha validade de 15 dias. Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou, mas tampouco aceitou", relatou Carlos Murillo

Segundo Carlos, a segunda e terceira oferta teriam sido feitas em 18 e 26 de agosto, ambas sem retorno. 

Foto: reprodução

 

Carlos Murillo, que era presidente da Pfizer no Brasil em 2020 relatou ainda que; "depois dessas ofertas, em 12 de setembro, nosso CEO enviou uma comunicação ao Brasil indicando nosso interesse em chegar a um acordo (...) dirigido ao presidente Bolsonaro e outras autoridades"

O executivo detalhou ainda que o vice-presidente, Hamilton Mourão, o então ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster também receberam cópia do documento. 

O contrato com a Pfizer só foi fechado no dia 19 de março de 2021 e o primeiro lote do imunizante só chegou ao Brasil no fim de abril.


 

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