Pais são acusados de agredir e quebrar costelas de bebê em Minas Gerais

Segundo informações da PC, o caso foi encaminhado à Justiça para novas diligências

Por Plox

13/05/2021 13h29 - Atualizado há quase 4 anos

Nessa quinta-feira (13), um caso de agressão foi divulgado pela Polícia Civil de Minas Gerais. Um homem de 21 anos e uma mulher de 22 anos foram indiciados suspeitos de agressão ao filho do casal, uma bebê. O caso aconteceu em Jaboticatubas, na região Metropolitana de Belo Horizonte-MG.

De acordo com as informações da Polícia Civil, a bebê, hoje com 11 meses, foi socorrida com dezesseis costelas e o fêmur quebrado. Victor de Mattos, delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Jaboticatubas, responsável por investigar o caso, o caso passou a ser investigado após o bebê ser socorrido e apresentar fêmur quebrado. A vítima tinha apenas um mês de vida na época que se iniciaram as investigações.

Conforme relatado pelo delegado, o Conselho Tutelar foi acionado e, após o recém-nascido receber alta, equipes do Conselho fizeram uma visita, quando a bebê teria apenas quatro meses, e encontraram o bebê com febre e chorando muito.

Segundo o delegado, a bebê foi socorrida e encaminhada para uma unidade de saúde. Após avaliação inicial, a menina precisou ser encaminhada ao Hospital e Pronto Socorro João XXIII.

“A gente sabe que o fêmur é um osso extremamente forte e resistente e isso chamou a atenção dos médicos. Ela permaneceu um tempo internada para tratar a fratura. O Conselho Tutelar foi acionado e começou a fazer visitar periódicas a família depois que a criança teve alta. Em um desses encontros desavisados, os conselheiros tutelares do município encontraram a criança, então com quatro meses, com febre alta e chorando muito e encaminharam a menina para o hospital”, relatou Mattos, em entrevista coletiva.

Mattos ainda relatou que foi feita uma perícia indireta e, após análise dos dados, confirmado que o bebê teria costelas quebradas, aparentando receber agressões e não um fato isolado. “Foi feita uma perícia indireta a partir do prontuário médico concluindo que a criança de quatro meses de idade, para além de ter uma fratura do fêmur já confirmada, tinha 10 costelas a esquerda fraturadas e seis costelas a direita também fraturadas, essas eram lesões mais recentes”, disse.

Mattos ainda disse que  o perito teria informado que provavelmente, as lesões teriam sido causadas por traumas de alto impacto e que isso desconcertou a narrativa dos pais. “O perito diz expressamente que essas lesões foram causadas por meio de um trauma de alto impacto. Mostra que isso não era um acidente como foi a versão narrada pelos pais, que disseram que a criança teria caído”.

Ainda segundo a PC, o caso foi encaminhado à Justiça e os pais da bebê não foram presos. A bebê foi afastada dos pais e ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.
 

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