Urna eletrônica completa 25 anos e sem fraudes comprovadas

Presidente do TSE exaltou a história e segurança do voto eletrônico durante sessão de julgamentos do Tribunal

Por Plox

13/05/2021 17h20 - Atualizado há quase 4 anos

Nesta quinta-feira (13), a urna eletrônica completa 25 anos. Ao abrir a sessão de julgamentos do TSE nesta manhã, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, fez um registro da data, destacando que nesse período nunca se comprovou nenhuma fraude.

“Pelo contrário, as urnas eletrônicas ajudaram a superar os ciclos da vida brasileira que vêm desde a República Velha, em que as fraudes se acumulavam”, disse Barroso.

Foto: Agência Brasil

 

O presidente do TSE também pontuou que o voto eletrônico garante um “processo seguro, transparente e auditável”. “O Brasil tem muitos problemas que o processo democrático e a democracia ajudam a enfrentar e resolver, mas um desses problemas não é a Urna Eletrônica, que até aqui tem sido parte da solução, assegurando um sistema íntegro e que tem permitido a alternância de poder sem que jamais se tenha questionado de maneira documentada e efetiva a manifestação da vontade popular”.

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Foto: divulgação/Agência Brasil

 

 

Barroso fez uma saudação especial ao ministro Carlos Mário Velloso, então presidente do TSE, por ter coordenado a iniciativa pioneira que ajudou a mudar o cenário político eleitoral do Brasil e a maneira como todos nós votamos. Ele destacou ainda o processo de distribuição “admirável” das urnas pelo país a cada eleição, uma vez que chega aos eleitores das populações ribeirinhas e comunidades indígenas, seja por avião, automóvel, lombo de jegue ou a pé.

Ao final, destacou que será lançada, nesta sexta-feira (14), uma campanha que vai contar o passo a passo do desenvolvimento das fases de segurança, transparência e auditabilidade da máquina de votar.

Saiba mais sobre a segurança da votação eletrônica.

História da urna

No dia 13 de maio de 1996, há exatamente 25 anos, o TSE enviou as primeiras urnas eletrônicas aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para que eles pudessem conhecer o equipamento que seria utilizado nas eleições municipais daquele ano. Em mais de duas décadas, a urna passou por constantes evoluções e se consolidou como a forma mais segura para o exercício da democracia por meio do voto eletrônico.

É importante destacar que o primeiro Código Eleitoral de 1932 já previa em seu artigo 57 o “uso das máquinas de votar”, regulado oportunamente pelo Tribunal Superior (Eleitoral), assegurado o sigilo do voto.

Mas a história da informatização das eleições teve início com a consolidação do cadastro único e automatizado de eleitores, que começou em 1985 e foi finalizado em 1986. Durante alguns anos, diversos protótipos de urnas eletrônicas foram apresentados pelos TREs. Em 1994, o TSE realizou pela primeira vez o processamento eletrônico do resultado das eleições gerais daquele ano, com recursos computacionais da própria Justiça Eleitoral.

Após muitos estudos e testes, os eleitores tiveram o primeiro contato com a urna eletrônica nas eleições municipais de 1996. Na ocasião, mais de 32 milhões de brasileiros, um terço do eleitorado da época, votaram nas mais de 70 mil urnas eletrônicas produzidas para aquelas eleições. Participaram 57 cidades com mais de 200 mil eleitores, entre elas, 26 capitais. Em Minas Gerais, as eleições de 1996 foram realizadas com a urna eletrônica em Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Uberlândia.

Centro de Memória

O Centro de Memória do TRE-MG tem, em seu acervo, diversos modelos de urna já utilizados nas eleições brasileiras. Também apresenta fotos e documentos históricos, e painéis com informações sobre a história da Justiça Eleitoral e do voto no Brasil.

Ele funciona na Avenida Prudente de Morais, 320, em Belo Horizonte. O Centro de Memória é aberto ao público, mas, atualmente, a visitação está suspensa, devido à pandemia do novo coronavírus.

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