Perda da ex-jogadora de vôlei Ana Paula Borgo acende alerta sobre câncer de estômago
O câncer de estômago é um dos mais frequentes no Brasil e representa um motivo de preocupação para a saúde pública.
Por Plox
13/05/2023 08h00 - Atualizado há cerca de 2 anos
A ex-jogadora da seleção brasileira feminina de vôlei Ana Paula Borgo faleceu na última quinta-feira (11), aos 29 anos, vítima de câncer de estômago. A atleta descobriu a doença aproximadamente oito meses atrás, durante exames de rotina, e vinha realizando tratamento desde então. O câncer de estômago é um dos mais frequentes no Brasil e representa um motivo de preocupação para a saúde pública.

Incidência do câncer de estômago no Brasil
No país, o câncer de estômago é o quarto tipo mais comum entre homens e o sexto entre mulheres. Conhecido também como câncer gástrico, ele é mais frequente em homens com idade entre 60 e 70 anos. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados têm mais de 50 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre 2023 e 2025, estima-se que ocorram 21.480 novos casos anualmente, sendo 13.340 em homens e 8.140 em mulheres.
Sintomas a serem observados
A doença não apresenta sintomas específicos, mas alguns sinais devem ser levados em consideração: perda de peso e apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente. Segundo o Inca, esses sintomas podem ser indicativos de doenças benignas, como úlceras e gastrites, ou de um tumor no estômago. Por isso, é fundamental procurar orientação médica o quanto antes para um diagnóstico adequado.
Em casos avançados, o paciente pode apresentar massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do fígado, íngua na parte inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo.
Fatores de risco e prevenção
O Inca informa que alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como sobrepeso, obesidade, consumo excessivo de álcool e sal, tabagismo e doenças pré-existentes. Para prevenir o câncer de estômago, recomenda-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, alimentos salgados ou conservados em sal, não fumar e manter o peso adequado.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença é feito por meio de uma endoscopia digestiva alta, exame que permite visualizar o estômago e esôfago e realizar biópsias. Caso seja confirmado, é realizada uma tomografia computadorizada para avaliar a extensão do tumor.
O tratamento geralmente envolve cirurgia e quimioterapia.