Apenas 21% do público-alvo toma vacina contra gripe em MG e número de mortes ultrapassa 400

Com mais de 7 mil internações e centenas de óbitos, Minas Gerais amplia vacinação diante da escalada de doenças respiratórias e baixa adesão da população

Por Plox

13/05/2025 09h37 - Atualizado há 2 dias

Com apenas 21% do público-alvo imunizado, Minas Gerais está entre os 10 estados brasileiros com a menor taxa de cobertura vacinal contra a gripe. A situação crítica levou o governo a ampliar a vacinação para toda a população acima de 6 meses de idade.


Imagem Foto: IMPRENSA Gil Leonard


O cenário tem preocupado autoridades de saúde diante da crescente incidência de doenças respiratórias. Já são mais de 7 mil internações e mais de 400 mortes registradas no estado desde o início do ano. Em diversas regiões mineiras, hospitais relatam aumento na ocupação de leitos e municípios decretam situação de emergência.


A cidade de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, está prestes a oficializar estado de emergência. O município enfrenta quase 200 internações por enfermidades respiratórias, o que forçou a transferência de bebês com bronquiolite para outras regiões.



Em Belo Horizonte, onde a vacinação segue em ritmo lento, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) cresceram quase 50% em apenas um mês, saltando de 42 mil para 63 mil internações, a maioria entre crianças.


O agravamento da situação não se limita à capital. Municípios como Betim, Contagem, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Mariana, Pedro Leopoldo, Conselheiro Lafaiete, Uberlândia, Ipatinga, Unaí, Sete Lagoas e Diamantina já decretaram emergência em saúde pública.


No Norte de Minas, os números também alarmam: foram 567 hospitalizações e 23 mortes até o início de maio. A faixa etária mais atingida inclui crianças de 1 a 9 anos (255 casos) e idosos acima de 60 anos (191 casos). Municípios como Brasília de Minas, Campo Azul e Montes Claros contabilizam duas mortes cada, enquanto outras cidades como Janaúba, Fruta de Leite, Salto da Divisa e Espinosa registram uma morte cada.



No Sul do estado, a regional de Saúde de Varginha confirmou 178 casos de SRAG este ano. A Santa Casa de Passos ativou plano de contingência diante do aumento da demanda por leitos. Já em Poços de Caldas, os atendimentos, especialmente infantis, também aumentaram de forma expressiva.


Na cidade histórica de Ouro Preto, apesar de não haver decreto de emergência, a prefeitura já detectou 74 casos de pneumonia.


Por outro lado, Juiz de Fora apresenta um quadro mais positivo. O município, localizado na Zona da Mata, registrou uma queda de 47% nas hospitalizações por SRAG em comparação com o mesmo período do ano passado.



Com o avanço das doenças respiratórias e a baixa adesão à campanha de vacinação, o alerta em Minas é máximo, e autoridades reforçam a importância da imunização como principal medida de contenção do surto.


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