Café lidera inflação e tem maior alta em 30 anos

Nos últimos 12 meses, até abril deste ano, o café moído registrou um aumento expressivo de 80,2% no país, tornando-se o produto com maior elevação de preço no período, conforme levantamento divulgado pelo IBGE com base no IPCA.

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Essa elevação representa a maior alta do café desde a implementação do Plano Real, em 1994. O recorde histórico de 85,5% ocorreu antes da circulação da nova moeda, o que torna o atual aumento ainda mais relevante para o cenário econômico atual.

A explicação para esse aumento significativo está relacionada a fatores como os baixos estoques da safra e condições climáticas desfavoráveis, que impactaram diretamente na produção e distribuição do produto em todo o território nacional.

Entre as capitais analisadas na pesquisa, Porto Alegre apresentou a maior variação, com impressionantes 99,4% de aumento no preço do café moído. Em seguida aparece Goiânia, onde o produto subiu 97%. Já em São Paulo, apesar de o aumento ter sido menor em comparação às demais, o valor ainda assusta: 65,34%.

Em relação aos últimos meses, a tendência de alta se manteve. Em março, o café moído já havia subido 8,14%, e em abril o aumento foi de mais 4,48%, mantendo-se como um dos principais responsáveis pela elevação no grupo de alimentação e bebidas — o mais influente no cálculo da inflação nacional.

“O café continua pesando no bolso do consumidor e é o grande vilão da inflação neste início de ano”, aponta o levantamento do IBGE.

Essa conjuntura reforça a importância do monitoramento constante dos preços de produtos essenciais na cesta básica e o impacto direto no orçamento das famílias brasileiras.