Disputa judicial envolve bebê reborn e perfil lucrativo no Instagram após separação de casal

Advogada relata caso inusitado de briga por guarda e administração de rede social ligada a boneca que gera renda

Por Plox

13/05/2025 15h07 - Atualizado há 4 dias

Uma advogada compartilhou recentemente nas redes sociais um caso que chamou atenção pela peculiaridade: um processo envolvendo a 'guarda' de uma bebê reborn e a administração de um perfil no Instagram da boneca, que gera lucros por meio de publicidade.


Imagem Foto: Pixabay


O episódio teve início após o término do relacionamento de um casal, que havia adquirido a boneca por um valor significativo. A bebê reborn foi incluída em um contexto familiar, com direito a enxoval e presença constante no cotidiano. Com o fim da relação, uma das partes, apegada emocionalmente à boneca, se recusou a substituí-la, insistindo em manter o contato e a convivência com ela.



A advogada Suzana Ferreira foi procurada para atuar no caso e relatou que o principal desafio era regulamentar a situação da boneca, tratando-a como parte da família, dado o valor emocional atribuído. Para além disso, surgiram debates sobre os custos já investidos e, principalmente, sobre quem teria direito de administrar o perfil da boneca no Instagram — um ativo digital que vinha gerando receita.



Segundo Suzana, a disputa ganhou contornos patrimoniais reais, uma vez que a conta nas redes sociais da boneca passou a ser considerada um bem lucrativo. “A administração do Instagram da bebê virou um ponto de conflito patrimonial real”, disse ela. “O Instagram é um ativo digital e, como está gerando lucro, surgiu o questionamento: quem tem a guarda da bebê reborn para poder administrar o perfil?”



A advogada ainda compartilhou a reflexão gerada pelo caso: “Fiquei muito pensativa com esse atendimento. Como o poder judiciário vai receber essas demandas que, por mais inusitadas que pareçam, são reais?”. Para ela, a situação escancara os desafios do judiciário diante de questões envolvendo laços afetivos não convencionais e o mundo digital.



O caso levanta discussões sobre os limites da afetividade e do patrimônio em tempos digitais, onde até mesmo bonecas e perfis online podem se tornar motivos de disputas judiciais.


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