Quase 40 anos atrás das grades por engano: britânico é inocentado após teste de DNA
Peter Sullivan, condenado por assassinato em 1986, teve a pena anulada após novo exame comprovar que ele não era o culpado
Por Plox
13/05/2025 13h03 - Atualizado há 1 dia
Peter Sullivan, hoje com 68 anos, deixou de carregar a culpa por um crime que não cometeu após quase quatro décadas atrás das grades. Nesta terça-feira (13), a Justiça britânica o declarou inocente de um assassinato ocorrido em 1986, tornando-o a pessoa que mais tempo passou presa injustamente no Reino Unido.

O caso remonta ao mês de agosto daquele ano, quando Diane Sidwell, de apenas 21 anos, foi encontrada morta na cidade de Bebington, localizada no noroeste da Inglaterra, a cerca de 10 quilômetros de Liverpool. Sullivan, com 30 anos na época, foi condenado pelo crime, mesmo sempre afirmando sua inocência. Durante anos, ele recorreu da sentença, mas todas as tentativas foram rejeitadas.
Foi somente agora, após um novo exame de DNA ser realizado, que ficou comprovado que o material genético encontrado no corpo da vítima não pertencia a Sullivan. A revelação foi determinante para que o Tribunal de Apelação de Londres decidisse por sua absolvição.
Do lado de fora do Royal Courts of Justice, onde funciona o Tribunal de Apelação, sua advogada, Sarah Myatt, leu uma declaração em nome de Sullivan. “Perdi minha liberdade há quatro décadas por um crime que não cometi. O que aconteceu comigo foi muito injusto, mas isso não diminui a gravidade do que aconteceu... Foi uma perda de vida desumana e terrível”, afirmou ele, sem demonstrar rancor.
A própria advogada classificou o desfecho do caso como um “momento sem precedentes e histórico”. Myatt destacou que Sullivan suportou quase 40 anos de prisão por um assassinato horrível que ele não cometeu. “Finalmente foi feita justiça e sua condenação foi anulada”, concluiu.