Tabata Amaral apoia CPMI sobre descontos em aposentadorias

Deputada da base governista assina comissão para investigar suspeita de corrupção contra beneficiários do INSS

Por Plox

13/05/2025 07h27 - Atualizado há 3 dias

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) assinou o pedido de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará denúncias de descontos indevidos em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A iniciativa foi formalizada nesta segunda-feira (12), com o protocolo do requerimento no Congresso Nacional.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


Batizada pela oposição como 'CPMI do Roubo dos Aposentados', a proposta recebeu apoio de 182 deputados e 29 senadores, número suficiente para a instalação do colegiado. A assinatura de Tabata, que integra a base aliada do governo Lula na Câmara, chamou atenção e foi acompanhada de uma forte declaração:
“É evidente que estamos diante de um esquema de corrupção gigantesco e covarde, que saqueou os mais pobres do nosso país”

, disse a deputada.


Além de Tabata, outros parlamentares ligados à base governista também manifestaram apoio à investigação. Membros de partidos como MDB, PSD, Republicanos, PP e PSB aderiram ao movimento, ampliando a pressão política sobre o caso, que envolve suspeitas de irregularidades em milhares de benefícios previdenciários.



O requerimento foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que anunciaram a medida em suas redes sociais na tarde de segunda-feira. A proposta surge em um momento delicado para o governo federal, que tenta barrar a criação da CPMI sob o argumento de que a Polícia Federal já está à frente das investigações e que uma comissão paralela poderia se transformar em palco de desgaste político.



Mesmo com a tentativa de contenção por parte do Executivo, o apoio de membros da própria base evidencia o peso da denúncia. A suspeita de que aposentados estariam sendo alvo de descontos indevidos provocou comoção em todo o país, sobretudo entre os mais vulneráveis, que dependem exclusivamente dos pagamentos do INSS para sobreviver.



A formalização da CPMI agora depende dos trâmites regimentais para ser instalada, com definição de integrantes e início dos trabalhos de apuração. A expectativa é que a comissão avance com audiências públicas e convocações de autoridades ligadas à Previdência e instituições financeiras envolvidas nos repasses.



O episódio reacende o debate sobre a proteção social no Brasil e a responsabilidade do poder público em garantir que os recursos destinados aos aposentados não sejam alvo de fraudes ou desvios.


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