Caruaru, no agreste pernambucano e conhecida como a "capital do forró", iniciou suas festividades de São João com uma programação extensa de 72 dias, que vai até 29 de junho. A cidade se encheu de bandeirinhas, balões e fogueiras, criando um cenário vibrante e colorido.

Atrações e economia local

Com 27 polos distribuídos pela cidade, os eventos incluem gastronomia, dança, shows e artesanato, atraindo um grande público. Segundo Pedro Augusto, secretário de Turismo de Caruaru, a cidade deve receber cerca de 4 milhões de turistas, gerando um impacto econômico de R$ 700 milhões. No último fim de semana, mais de 150 mil pessoas participaram das festividades.

A festa teve início em abril com o São João na Roça, antecipando a chegada dos turistas. A rede hoteleira está praticamente lotada, com ocupação próxima de 100%, e o comércio local comemora o aumento na procura por roupas, adereços e sapatos típicos das festas juninas.

“O mês de junho é um segundo dezembro para a gente. O turista, que vem de fora, quer provar da nossa culinária”, diz José Uelinton, empresário e dono de um restaurante na Feira de Caruaru, em entrevista à TV Brasil. Entre os pratos mais procurados estão buchada, bode assado e sarapatel.

Remuneração dos compositores

Neste ano, a Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru firmou um acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) para garantir que os compositores tenham suas músicas tocadas durante as festividades remuneradas.

“A lei é clara. Se você tem um evento em um estado, em uma cidade, em uma praça, da mesma forma que você paga a luz, o palco, a decoração, o compositor também precisa receber. Se você tem um evento dessa magnitude, e ele não recebe agora, não receberá no ano que vem”, destaca Isabel Amorim, superintendente do Ecad, em entrevista à Rádio Nacional.

Além das prefeituras, o Ecad está conduzindo uma campanha de conscientização junto aos patrocinadores, para assegurar que os compositores sejam devidamente pagos nos eventos financiados por suas empresas.