Pesquisa Gerp aponta empate técnico entre Flávio Bolsonaro e Lula na corrida de 2026
Levantamento nacional com 2 mil entrevistados indica Flávio Bolsonaro com 42% e Lula com 41% em simulação de segundo turno, dentro da margem de erro
Em uma nova ofensiva contra os desdobramentos judiciais que envolvem seu nome, o ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou, nesta sexta-feira (13), a anulação do acordo de delação premiada firmado por Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.
Foto: STF O pedido ocorre após o vazamento de mensagens trocadas entre o tenente-coronel e pessoas próximas, reveladas por uma reportagem da revista Veja publicada na quinta-feira (12). As conversas, feitas por aplicativo, mostram contradições com as declarações que Cid prestou à Polícia Federal.
Nas redes sociais, Bolsonaro reiterou críticas ao processo, qualificando-o como uma “perseguição”, “caça às bruxas” e “movido por vingança”. Ele afirmou que a delação “deve ser anulada” e defendeu a libertação imediata de aliados como Braga Netto. Para o ex-presidente, a investigação representa uma ameaça ao Estado de Direito.
As mensagens atribuídas a Mauro Cid tratam do inquérito que apura uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O teor das conversas, segundo Bolsonaro, indicaria violação do acordo por parte do militar, que estava proibido de usar redes sociais enquanto cumpria medidas restritivas.
Apesar da gravidade, a defesa de Bolsonaro ainda não formalizou nenhuma manifestação judicial sobre o conteúdo vazado.
Nesta sexta, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a decretar a prisão de Cid, mas a decisão foi revogada. Mesmo assim, ele foi conduzido à sede da Polícia Federal para prestar novo depoimento, agora vinculado a uma investigação que envolve o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. Este último é suspeito de ter ajudado Cid na tentativa de obter um passaporte português com a intenção de deixar o Brasil.
O cenário se complica com a saída da família de Cid do país no fim de maio. Os parentes embarcaram em um voo com destino a Los Angeles, nos Estados Unidos, com escala no Panamá, dias antes de um interrogatório previsto para Cid e outros sete réus do núcleo central da ação penal.
O caso segue sob atenção do STF e da Polícia Federal, com possíveis impactos na delação e na condução dos processos relacionados.
A repercussão do episódio intensifica o embate político e jurídico em torno dos eventos que sucederam as eleições de 2022, mantendo o foco sobre os principais nomes do governo Bolsonaro e seus desdobramentos legais.