Crescimento de termelétricas ameaça futuro das hidrelétricas em Minas
Estado projeta mais de 200 usinas térmicas até 2031, enquanto ignora potencial hídrico com apenas 16 hidrelétricas previstas
Por Plox
13/06/2025 13h58 - Atualizado há cerca de 17 horas
O avanço da geração de energia elétrica no Brasil levanta uma preocupação crescente: a substituição de fontes limpas por alternativas mais poluentes. Minas Gerais, estado com histórico relevante em hidrelétricas, pode estar à beira de um retrocesso energético.
Foto: Pixabay
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelam que, até 2031, estão previstos 208 novos projetos de usinas termelétricas no estado. Em contraste, apenas 16 empreendimentos com base hídrica estão programados para entrar em operação no mesmo período.
Esse movimento ocorre mesmo com o crescimento expressivo de fontes como a energia solar fotovoltaica (UFV) e a eólica (EOL), que também são consideradas limpas. No entanto, o baixo incentivo às hidrelétricas — tradicionalmente importantes na matriz energética brasileira — pode representar um desvio significativo na estratégia ambiental e energética do país.
Enquanto isso, especialistas alertam para os impactos que o aumento das térmicas pode trazer, tanto em termos de poluição quanto de custo de produção, reforçando a necessidade de equilibrar a expansão com foco sustentável.