Investigadores encontram caixa-preta após queda de avião com mais de 260 mortos na Índia

Equipamento foi localizado entre os destroços do Boeing que caiu em Ahmedabad; identificação das vítimas segue com exames de DNA

Por Plox

13/06/2025 14h03 - Atualizado há cerca de 17 horas

A trágica queda de um avião Boeing 787-8 Dreamliner na cidade indiana de Ahmedabad, na última quinta-feira (12), continua sendo investigada. Nesta sexta-feira (13), autoridades confirmaram a localização de uma das caixas-pretas da aeronave, um passo essencial para elucidar as causas do desastre.


Imagem Foto: Reprodução


O voo, que tinha como destino o Aeroporto de Gatwick, em Londres, transportava 242 pessoas, entre elas 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Doze tripulantes estavam a bordo. O acidente deixou uma cena de destruição: a cauda do avião ficou presa no segundo andar de um alojamento de funcionários de um hospital, enquanto o nariz e a roda dianteira caíram sobre uma cafeteria frequentada por estudantes.



Segundo o subcomissário de polícia local, Kanan Desai, 265 corpos foram levados ao hospital, indicando que pelo menos 24 pessoas morreram em solo. A contagem oficial de mortos será divulgada após a conclusão dos exames de DNA. Em um centro de emergência em Ahmedabad, familiares desesperados se reuniram para fornecer amostras genéticas na tentativa de identificar os corpos.


Um único passageiro sobreviveu ao impacto. Vishwash Kumar Ramesh, cidadão britânico, relatou do leito hospitalar que acreditou que iria morrer, mas acordou e percebeu que ainda estava vivo. Ele sofreu queimaduras e outros ferimentos.


A tragédia ocorreu entre um hospital e o bairro Ghoda Camp, em uma área densamente povoada. Relatos de testemunhas como o frentista Bharat Solanki e o morador Poonam Patni reforçam a gravidade do cenário, com dezenas de corpos queimados e socorristas agindo rapidamente para controlar as chamas e retirar as vítimas.



A Air India, operadora do voo, divulgou que as vítimas incluíam uma ampla gama de nacionalidades. O Tata Group, proprietário da companhia aérea, anunciou ajuda financeira de 10 milhões de rúpias (cerca de R$ 647 mil) para as famílias das vítimas, além de assumir os custos médicos dos feridos.


Equipes de investigação do Reino Unido e dos Estados Unidos já foram enviadas à Índia para colaborar na apuração dos fatos. O primeiro-ministro Narendra Modi esteve no local da tragédia e visitou o sobrevivente.


Historicamente, a Índia já enfrentou outros desastres aéreos. Em 1996, uma colisão entre dois aviões causou quase 350 mortes. Já em 2010, uma aeronave da Air India Express caiu e explodiu em Mangalore, resultando em 158 mortos entre os 166 a bordo.



Enquanto a investigação segue, especialistas alertam que é cedo para apontar causas. As autoridades agora contam com as informações da caixa-preta para desvendar o que provocou uma das maiores tragédias aéreas recentes no país.


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