PF prende ex-ministro Gilson Machado em nova fase de operação contra aliados de Bolsonaro
Ação da Polícia Federal em Pernambuco investiga tentativa de interferência internacional envolvendo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
Por Plox
13/06/2025 09h32 - Atualizado há cerca de 21 horas
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (13), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, em Recife (PE). A detenção faz parte de mais uma etapa da investigação sobre a tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
Segundo informações da PF, Gilson Machado teria participado da articulação para obtenção de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também envolvido nas investigações. A suspeita é de que a ação visava facilitar uma possível fuga internacional de Cid.

Conexões com tentativa de golpe
A investigação que motivou a prisão do ex-ministro faz parte de um conjunto de ações que apura a trama golpista atribuída a Jair Bolsonaro e aliados próximos, como Mauro Cid. Ambos são réus por planejar uma ruptura institucional durante o período pós-eleitoral, segundo o Ministério Público Federal.
A tentativa de emissão de documentos estrangeiros, conforme apurado, representaria mais uma etapa da estratégia para viabilizar a saída de integrantes do núcleo investigado, escapando de possíveis sanções judiciais.
Prisões e desdobramentos
A prisão ocorreu por volta das 9h em cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal, com base nas evidências levantadas nas investigações que se arrastam desde o início de 2024. Até o momento, a Polícia Federal ainda não divulgou mais detalhes sobre o andamento da operação ou se outras pessoas foram detidas nesta fase.
Envolvidos e acusações

Gilson Machado, que chefiou o Ministério do Turismo durante o governo de Jair Bolsonaro, foi um dos nomes de confiança do ex-presidente. Mauro Cid, por sua vez, ganhou notoriedade após aparecer em diversas investigações que envolvem atos antidemocráticos, fraudes e uso indevido da estrutura do governo federal.
Ambos os nomes já vinham sendo mencionados em diferentes etapas do inquérito que apura a tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022.