Prisão de Mauro Cid é revogada após erro judicial

Advogado afirma que ordem de prisão foi emitida por engano e nega qualquer tentativa de fuga do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Por Plox

13/06/2025 10h54 - Atualizado há cerca de 20 horas

Na manhã desta sexta-feira (13), o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu uma ordem de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a decisão foi rapidamente revogada, conforme informou seu advogado, Cezar Bitencourt.


Imagem Foto: STF


Bitencourt esclareceu que a ordem de prisão foi um equívoco e negou qualquer tentativa de fuga por parte de Cid.
\"Nunca houve tentativa de fuga. Ele está aqui, mora aqui, tem endereço certo, tem residência fixa, tem advogado. Foi revogada a prisão. Foi um equívoco\"

, afirmou o advogado ao Correio Braziliense.


A revogação ocorreu enquanto Cid era conduzido para o batalhão do Exército, segundo informações do advogado. Bitencourt também mencionou que uma audiência foi marcada para as 11h desta sexta-feira, embora não tenha confirmado se ela de fato ocorreu.



A operação que levou à emissão da ordem de prisão está relacionada a uma investigação sobre uma possível tentativa de fuga do país por parte de Cid em maio deste ano. A Polícia Federal apura se o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, tentou auxiliar Cid na obtenção de um passaporte português. Machado foi preso nesta sexta-feira em Pernambuco por suspeita de obstrução da Justiça.



Mauro Cid é delator em um processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. Na última segunda-feira (9), ele prestou depoimento ao STF, fornecendo detalhes sobre o alegado esquema. A operação de hoje, no entanto, não está diretamente relacionada a essa investigação.



A defesa de Cid continua a afirmar que ele está colaborando com as autoridades e que não há evidências de que tenha tentado deixar o país ilegalmente.


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