Irã rejeita apelos e mantém decisão de atacar Israel

Enquanto isso, as tensões continuam a aumentar na região

Por Plox

13/08/2024 08h55 - Atualizado há 5 meses

O Irã rejeitou firmemente os pedidos feitos pela França, Alemanha e Reino Unido para que adotasse moderação em sua postura em relação a Israel, em meio a crescentes tensões no Oriente Médio. As autoridades iranianas desconsideraram esses apelos, classificando-os como desprovidos de "lógica política" e "contraditórios aos princípios do direito internacional".

Foto: reprodução TV

Resposta iraniana aos apelos europeus

Na segunda-feira (12), os três países europeus solicitaram que o Irã e seus aliados evitassem ações de retaliação contra Israel, após o assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Teerã no final de julho. Teerã, junto com o Hamas e o Hezbollah, atribui a responsabilidade do ataque a Israel, embora o governo israelense não tenha confirmado ou negado envolvimento. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou apenas que seu país "deu golpes esmagadores" nos aliados do Irã.

Em resposta, Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, criticou duramente a declaração dos países europeus, afirmando que ela ignora os "crimes do regime sionista" e pedindo que o Irã não responda a uma violação de sua soberania. Kanaani reforçou que o Irã está determinado a desencorajar Israel e instou os países europeus a condenarem as ações militares de Israel na Faixa de Gaza.

Preparativos dos EUA e Israel

Enquanto isso, as tensões continuam a aumentar na região. Grupos terroristas, juntamente com o Irã, prometeram vingança contra Israel e seus aliados, o que tem gerado preocupação em todo o mundo sobre uma possível expansão do conflito no Oriente Médio. Em resposta, os Estados Unidos se preparam para possíveis ataques significativos do Irã ou de seus aliados, conforme alertado pelo porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.

Para reforçar a defesa israelense, o Pentágono enviou um submarino com mísseis guiados para a região e acelerou a chegada do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35. Além disso, Israel colocou suas forças armadas em alerta máximo, em antecipação a possíveis ataques.

Promessas de vingança

Na sexta-feira (9), um vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Ali Fadavi, afirmou que o país está preparado para cumprir as ordens do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, para "punir duramente" Israel pelo assassinato de Haniyeh. "As ordens do líder supremo em relação à punição severa de Israel e à vingança pelo sangue do mártir Ismail Haniyeh são claras e explícitas... e serão implementadas da melhor maneira possível", declarou Fadavi, segundo a imprensa estatal iraniana.

O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, também manifestou seu apoio a Israel, comunicando ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, sobre os ajustes na postura das forças dos EUA na região e reafirmando o "apoio inabalável à defesa de Israel".

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